24 de dezembro de 2009

Poema solidário

Um soneto para Messias
Ubiratan Lemos

O que de Deus recebeu autoridade
Aos bequianos lhes furtar as garantias
Denunciar do poeta a veleidade
E do boêmio manguear-lhe as coxias

Cuspe na cara recebeu em tenra idade
Ninguém foi solidário em seus bons dias
Abandono, bacilo e enfermidade
Causou-lhe a morte entre as duas confrarias

Cumpriu o redentor o seu papel
Denunciou a hipocrisia com a morte
Não perdoou sequer papai noel

Já moribundo acudiu-lhe o incréu
Mas ao Messias foi negada a sorte
De ter um rosto amigo ao mausoléu

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