Texto: Alexandro Gurgel
Fotos: Hugo Macêdo
Uma praia pouco conhecida cercada de natureza por todos os lados, onde a brisa constante de um mar sereno e azul enche os olhos do visitante com tanta beleza. A ilha de Galinhos possui uma vila de pescadores, um farol e vários deslumbramentos que o turista vai descobrindo devagar, andando passo a passo numa areia alva e fina.
Fotos: Hugo Macêdo
Uma praia pouco conhecida cercada de natureza por todos os lados, onde a brisa constante de um mar sereno e azul enche os olhos do visitante com tanta beleza. A ilha de Galinhos possui uma vila de pescadores, um farol e vários deslumbramentos que o turista vai descobrindo devagar, andando passo a passo numa areia alva e fina.
Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, em seu livro “Nomes da Terra”, Sebo Vermelho Edições, Galinhos tornou-se município em 26 de março de 1963, desmembrando-se de São Bento do Norte. A origem do nome “Galinhos”, ainda segundo o mestre Cascudo, deu-se por razão da grande quantidade de peixes denominados “galos”, que se pescava naquela praia.
Viajando pela BR 406, litoral norte do RN, Galinhos está a 175 km de Natal. A praia, é na verdade uma ilha, numa península de mar tranqüilo, acessada somente através de barcos. O trajeto até a ilha é pelo rio Aratuá, onde é possível observar toda a natureza viva dos manguezais com suas garças brancas, aninhando-se nos finais de tarde em busca do repouso.
Quando o barco atraca no Porto do Urubu, só é possível ver os chamados “Burros Táxi”, pois o vilarejo não possui nenhum carro de passeio por suas ruas – a exceção fica por conta de um único buggy da Polícia Militar, que patrulha a área garantindo a segurança dos veranistas e aldeões.
A praia abriga um povo simples, sendo na sua maioria, famílias de pescadores e pequenos comerciantes. Pessoas humildes e hospitaleiras, as quais estão sempre prontas para ajudar ou fazer amizades com o visitante. Suas casas são ladeadas por coqueirais e cercadas de varinhas. “O lugar é residência de pescadores, em aldeias rudimentares, mas de gente laboriosa”, disse Câmara Cascudo referindo-se a Galinhos e seu povo. As ruas são de areia praieira, pois só é calçada a rua principal, que dá acesso a entrada da cidade.
Algumas pousadas foram instaladas recentemente em Galinhos para atender a demanda de turista que visitam a praia. Dando maior conforto ao visitante, e ainda, conservando a rusticidade do lugar, a pousada é uma opção barata e aconchegante.
A praia tem suas águas bravias ao longo da costa atlântica, por ser um braço de terra entrando no mar, com ondas intensas quebrando na beira da praia. Suas areias finas e alvas misturam-se ao banco de pedras que sustenta o Farol de Galinhos, instalado estrategicamente na curva da ilha – onde é possível vê-lo de qualquer lugar do vilarejo –, é um fiel sentinela, avisando aos navios sobre esse pedaço de paraíso.
Ao entardecer, o pôr-do-sol, no estuário do rio Aratuá é um desses momentos mágico da vida. O sol teima em cair mansamente sobre as dunas móveis de areias finas, enquanto as testemunhas ocasionais apreciam o espetáculo no trapiche do porto, ou dentro dos barcos ancorados na beira do rio.
A tranqüilidade da Praia de Galos
Galos é um povoado essencialmente de pescadores, pertencente ao município de Galinhos. Galos é mais primitivo do que Galinhos, não há pousadas em Galos, e para o visitante conseguir hospedagem, tem que falar com Dona Maria, uma velha nativa fazedora da melhor tapioca de coco da região.
Saindo de barco de Galinhos em direção a Galos, pelo rio Aratuá, é possível observar as dunas móveis, conhecidas como “Dunas de Capim”, e as grandes falésias de areia vermelha que circundam a ilha. Garças voando entre os manguezais e as gaivotas fazendo barulho com seus gritos rasgados, enquanto seguem o barco, dão um tom lúdico a vigem até Galos.
Com suas águas marinhas ricas em cloro e sódio, a exploração de sal grosso pode ser vista ao longo da costa, onde várias salinas contribuem para a economia do lugar.
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