4 de abril de 2007

Após fim de semana conturbado, tranqüilidade volta ao aeroporto Augusto Severo

Foto: AG Sued
Tranqüilidade no Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim.

Alexandro Gurgel

Depois de um final de semana conturbado, em meio a crise dos controladores de vôos, a semana começa com o movimento aéreo tranqüilo no Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim.

Poucas pessoas faziam check-in no balcão da TAM, que estava com todos os vôos para o restante da semana nos horários confirmados, segundo um atendente da empresa. Uma funcionária do balcão de informações da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) disse que o movimento no aeroporto só fica maior no turno da tarde, quando sai a maioria dos vôos de Natal.

De acordo com o superintendente da Infraero no Estado, José Daniel Sobrinho, os maiores transtornos com a crise foi durante o último final de semana, quando os vôos oriundos de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro sofreram atrasos e, em outros casos, houve cancelamentos.

Conforme José Daniel Sobrinho, como uma empresa administradora de aeroportos, a Infraero se preocupa com o caos nos aeroportos, procurando evitar tumultos em épocas de crise, como no último final de semana. "A Infraero procura fazer uma coordenação administrativa junto com as empresas aéreas para que não ocorra aglomeração de passageiros no terminal", declarou.

Agora, a expectativa do superintendente da Infraero era que não houvesse grandes problemas no aeroporto Augusto Severo durante a semana, já que a situação dos controladores de vôo está sendo regularizada em Brasília. "Acredito que o feriado de Páscoa será normal. Até porque nossos vôos estão saindo dentro do horário previsto", disse.

Final da crise aérea garante normalidade ao turismo

"A crise aérea não afetará turismo no feriado de Páscoa no Rio Grande do Norte", afirmou Michelini Dantas, gerente comercial de uma agência de viagem especialista em pacotes com destino para Natal.

Para Micheline, os problemas enfrentados pelo setor aéreo no Brasil não deverão afetar o turismo no Estado no próximo final de semana.

Segundo Micheline, a agência enfrentou alguns problemas com a crise dos controladores de vôos com cancelamentos de pacotes de viagens de outros estados e remarcação de passagens aéreas por pessoas que moram em Natal e pretendiam viajar para outros destinos. "Quando começou a crise, já estávamos esperando os problemas com nossos clientes, mas já está tudo contornado", disse.

Conforme a gerente comercial, o maior problema que a crise deixou foi em relação ao aumento substancial do valor da passagem aérea. As pessoas que compraram bilhetes aéreos na promoção das empresas TAM ou Gol e não conseguiram embarcar tiveram que gastar 60% a mais do valor da passagem com multa e tarifas. "Muita gente não quis esperar 4 ou 5 horas no aeroporto para pegar o vôo e teve que pagar mais caro para remarcar a passagem", explicou.

Para controladores de vôo, espírito é de negociação

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, disse em entrevista coletiva que o espírito, tanto dos civis quanto dos militares, é de negociação. Ele ressaltou que o motim feito pelos controladores militares na última sexta-feira foi inevitável.

"Foram dados vários alertas ao governo que a coisa podia se complicar. Avisamos que a temperatura estava crescendo e que a qualquer momento não se poderia suportar a pressão. O movimento fugiu do controle das associações", afirmou o presidente do sindicato.

Jorge Botelho ainda ressaltou que um dos principais pontos a serem discutidos na reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, diz respeito ao regime de trabalho da categoria. Segundo ele, é preciso acabar com os quatro regimes de trabalho existentes hoje e que diferenciam os controladores civis dos militares.

O presidente do sindicato disse ainda que os controladores civis do Rio de Janeiro e de Brasília estão em estado de greve. Apesar dessa situação, ele ressaltou que o clima é de tranqüilidade e que não há pressão, tendo em vista o feriado da Páscoa.

Matéria publicada no jornal O Mossoroense

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