Foto: AG Sued
Dunga e Franklin Nogvaes apresentando Bobo da Corte, durante o II MPBeco.
Por Leonardo Sodré
-
O poema que virou música pela genialidade de Franklin Novaes ganhou à alegria do público presente a final do II MPBeco. Isso mesmo. A música deu e recebeu a alegria e todo o swing de quem estava presente no festival mais democrático da musica popular do Rio Grande do Norte.
O Bobo da Corte ganhou pela simplicidade. Pela criatividade, pela alegria de quem interpretou tão bem a música que tinha um arranjo arrebatador, cheio de sensualidade. Tão boa de ouvir que o tema maior do bobo que perambula e que zomba do governador, nesses tempos tão navalhados soaram ingênuos, cheios de ternura.
O Bobo da Corte ganhou por causa da alegria de Dunga, que de chapéu coco sorria para a platéia e perambulava tal qual um menino vadio. Sorriso largo de quem não está preocupado em vencer. De quem está preocupado apenas em participar por amor ao Beco, a arte, aos amigos, que lá de baixo, no asfalto da Praça 7 de Setembro dançava e vibrava com a participação da música. Do poema que levantou becodalamenses e visitantes. Que exalou felicidade.
O Bobo da Corte ganhou. Pode não ter levado o prêmio de primeiro lugar do festival, mas ganhou. Ganhou porque entrou na rabeira, por desistência de outro concorrente e cresceu com uma interpretação diferente, com um gingado novo, com arranjos ousados.
O Bobo da Corte ganhou. Eu sonhei que a música ganharia. E ganhou. Ganhou um mundão de corações.
Valeu Dunga! Valeu Franklin Nogvais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário