12 de abril de 2008

Martins, Um passeio histórico pelas quebradas da serra

Textos: Alexandro Gurgel
alex-gurgel@oi.com.br

Martins não é cidade de beira de estrada. Para conhecer a cidade, o visitante tem que percorrer os caminhos tortuosos com seus despenhadeiros que levam a chã da serra, onde um vento ligeiro e constante cria uma atmosfera invernosa. Com seu clima aprazível, margeando 18ºC constantemente, Martins só é comparada com algumas estâncias famosas pelas belezas naturais serranas como Campos de Jordão, Gramado ou Teresópolis.

Em pleno inverno, a cidade se enche de gente em busca das vantagens da serra fria, cuja temperatura atinge abaixo dos 12ºC. Na primeira quinzena de julho, um “Festival Gastronômico e Cultural” é realizado, atraindo milhares de pessoas que se embrenham na serra querendo saborear as delícias quentes entre os melhores restaurantes de cozinha internacional com seus chefs importados.

No restante do ano, a atmosfera tranqüila de uma típica cidade do interior norte-riograndense oferece um lugar ideal para descansar e curtir uma natureza exuberante. A 750 metros de altura, os mirantes do Canto e da Carranca oferecem uma visão panorâmica, onde pode ser observado o conjunto de serra que formam a Chapada da Borborema, a Serra do Lima (em Patu), entre outras serras e serrotes.

Ao entardecer, quando as primeiras luzes avisam que o sertanejo se prepara para dormir, os mirantes proporcionam a contemplação de dezenas de cidades na soleira da serra. Porque é preciso festejar o pôr-do-sol com a visão privilegiada do alto da serra é que uma garrafa de vinho e fondues de carne e queijo são servidos nos restaurantes dos mirantes a preços nada módicos. A noite sem lua chega avisando que a cidade se recolhe no aconchego da serração. Não há bares nem restaurantes abertos na cidade em dias comuns, sem a presença do turista.

Por ser uma cidade rodeada pela natureza, Martins proporciona atrações permanentes. Passeios eco-turísticos pela serra são oferecidos aos visitantes com guias especializados que levam por trilhas onde a fauna e a flora da região são observadas. Em junho, a cidade se ornamenta para celebrar os festejos juninos, onde não falta animação, fogueira, fogos de artifício e comida típica da época. Quando chega dezembro, o povo festeja a padroeira, Nossa Senhora da Conceição, comemorada com muita fé e religiosidade.

Um comentário:

Yuno Silva disse...

ô lugarzinho bacana!

muito bom Alexandro
grande abrass