20 de maio de 2008

E-mail enviado ao Grande Ponto

Caro Alexandro Gurgel, tudo bem?
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Há tempo que quero enviar este e-mail e o tempo tem sido meu maior inimigo. Preciso fazer muitos agradecimentos a você. Bem, antes de mais nada sou Denise, paguei com você umas duas displinas de letras no período noturno, na UFRN. Reencontramo-nos depois mais algumas vezes, em sebos, bienais, encontros culturais, coquetéis... Sei, no entanto, que você não lembra de mim. Isso não impede-me de dirigir meus elogios.
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Há dez meses mudei-me para São Tomé-RN e sinto muita falta desta minha capital querida. Aqui estou privada de muitas coisas, inclusive de informação. Meu querido, faz uns dois meses que eu descobri, por acaso, seu blogspot (ou seria o Grande Ponto? Ah, sei lá!). Desde então, acesso-o no mínimo duas vezes por semana. Amiguinho, você tornou-se meu principal informante das coisas que acontecem no Estado, tendo em vista que escreve e posta sobre coisas e eventos de que eu gosto: literatura, arte, eventos culturais... Obrigado por, mesmo sem querer, trazer grande diferença nos meus dias.
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Tenho sentido diversas coceiras na mão ao ver certos texto, pois tenho vontade de comentar alguns e de te enviar outros. Sobre essas chuvas no sertão , por exemplo, daria um caldo grosso! Você acredita que formou-se um rio no quintal de minha casa? E mais, até pouco atrás ele tornou-se o maior ponto turístico daqui de São Tomé, uma verdadeira praia. No domingo, a cidade inteira era ribeirinha daquela maravilha, traziam felicidade, admiração, e comida com direito a piquenique e tudo o mais. Até ambulante pintou no pedaço aproveitando a oportunidade para lucrar.
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Alex, mas devo dizer que nem tudo é poesia, pois nesse período é comuníssimo aparecerem cobras nas casas próximas das águas. Veja só: eu passo os fins de semana com meus pais em Natal e num belo dia quando retorno a minha nova cidade, tenho um verdadeiro alumbramento (o de Bandeira foi erótico, já o meu não) quando deparo-me com aquela maravilha gigante atrás da minha casa. Não quis acreditar. Só entristeci por notar a água muito barrenta, pois se não fosse isso, faria questão de entrar com roupa e tudo!
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Após meus elogios, agora quero pedir um favor para você. Li o livro de poemas Telha Crua, de Lívio Oliveira e gostei demais. Gostaria muito de mandar um e-mail para ele e também elogiá-lo, mas não tenho. Gostaria também de agradecer a ele pela iniciativa de pensar e lutar pela criação da lei estadual do livro, assim como pela entrevistinha curta , porém apimentada que fez com Maciel, divulgada no seu blog. Como você vê, são muitos os motivos que eu tenho para falar com ele, mas não tenho nenhum contato. Queria pedir-te, se possível, algum e-mail dele ou , caso contrário, que você mandasse por mim esse texto para ele (eu te envio via net). Por favor, responda se pode ou não fazer isto por mim, sim? Tentarei com você e com o Deputado Mineiro, que eu sei que tem contato com ele. Ficarei grata se qualquer um dos dois puder fazer isto por mim.
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Um abraço,
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Denise Araújo Correia
denisepoetica@bol.com.br

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