Nei Leandro e Volonté receberam homenagens pela Prefeitura de Natal, através da Capitania das Artes.
Enfim, o último vate marginal, da geração mimeografo que atuou em Natal nos idos 70, foi reconhecido oficialmente como “poeta”. Volonté recebeu das mãos da prefeita Micarla de Souza, o diploma de poeta na última sexta-feira, 13 de março, quando a Capitania das Artes celebrou o Dia Nacional da Poesia.
Na mesma ocasião, o escritor e poeta Nei Leandro de Castro foi homenageado pela Prefeitura pela importância da sua obra. Nei é autor de “As Pelejas de Ojuara”, romance que virou filme de sucesso nacional, estrelado por atores globais e com patrocínio do Governo do Estado.
A poesia de Volonté não tem nada de especial e nunca chamou a atenção de ninguém pela sua genialidade. Já os versos de Nei Leandro são reconhecidos como de alto nível poético, com sonoridade, rima, ritmo e estranhamento, ferramentas importantes na elaboração de um poema.
Nei morou na Rio de Janeiro por 30 anos, ganhando a vida como publicitário. Se aposentou e voltou a morar em Natal faz uns cinco anos. Em terras cariocas, ele é uma pessoa comum como qualquer outra. Aqui, Nei é tratado pela imprensa e pelos intelectuais potiguares como uma divindade literária, que reconhecem seu talento.
Num calor infernal, o dia 13 de março foi repleto de celebrações, como se um evento festivo para celebrar a poesia fosse suficiente. A Capitania das Artes até organizou uma mesa redonda lotada de poetas como Nei Leandro, Plínio Sanderson, Lívio Oliveira, Eduardo Alexandre, Iara Carvalho e Jânia de Souza, para discutir “Os novos caminhos da poesia potiguar”.
Porém, faltou o diálogo com a universidade. Simplesmente, a Capitania esqueceu-se de convidar os verdadeiros doutores em literatura, principalmente àqueles especialistas em Literatura Potiguar como Humberto Hermenegildo ou Tarcísio Gurgel. Outro nome da UFRN que não pode faltar em nenhum debate poético é o professor Chico Ivan, verdadeiro representante da tradição dos currais-novense José Bezerra Gomes e Luís Carlos Guimarães
Muitos poetas levaram falta na caderneta da Capitania pela sentida ausência na festa. Durante a tarde, ainda houve o musical incompreensível do grupo “Poetas Elétricos”. Se ninguém explicar o que está ocorrendo no show, o observador comum não vai entender nada.
A alardeada Galeria do Povo, que deveria ser organizada por Eduardo Alexandre, não aconteceu. Pelo menos, este blogueiro não viu nada de Galeria e tinha pouca gente Ribeira. O evento oficial da Capitania terminou com o show do poeta seridoense Wescley Gama, vencedor do prêmio Luís Carlos Guimarães, promovido pela Fundação José Augusto.
A festa terminou com o peta ensandecido Plínio Sanderson sentenciando: “Um elefante é pouco para colocar a poesia potiguar”, referindo-se ao formato do desse mamífero proboscídeo de tamanho avantajado que tem a forma do mapa do RN. Pura verdade para um Estado que tem 16 poetas por metro quadrado. E haja poesia!
Na mesma ocasião, o escritor e poeta Nei Leandro de Castro foi homenageado pela Prefeitura pela importância da sua obra. Nei é autor de “As Pelejas de Ojuara”, romance que virou filme de sucesso nacional, estrelado por atores globais e com patrocínio do Governo do Estado.
A poesia de Volonté não tem nada de especial e nunca chamou a atenção de ninguém pela sua genialidade. Já os versos de Nei Leandro são reconhecidos como de alto nível poético, com sonoridade, rima, ritmo e estranhamento, ferramentas importantes na elaboração de um poema.
Nei morou na Rio de Janeiro por 30 anos, ganhando a vida como publicitário. Se aposentou e voltou a morar em Natal faz uns cinco anos. Em terras cariocas, ele é uma pessoa comum como qualquer outra. Aqui, Nei é tratado pela imprensa e pelos intelectuais potiguares como uma divindade literária, que reconhecem seu talento.
Num calor infernal, o dia 13 de março foi repleto de celebrações, como se um evento festivo para celebrar a poesia fosse suficiente. A Capitania das Artes até organizou uma mesa redonda lotada de poetas como Nei Leandro, Plínio Sanderson, Lívio Oliveira, Eduardo Alexandre, Iara Carvalho e Jânia de Souza, para discutir “Os novos caminhos da poesia potiguar”.
Porém, faltou o diálogo com a universidade. Simplesmente, a Capitania esqueceu-se de convidar os verdadeiros doutores em literatura, principalmente àqueles especialistas em Literatura Potiguar como Humberto Hermenegildo ou Tarcísio Gurgel. Outro nome da UFRN que não pode faltar em nenhum debate poético é o professor Chico Ivan, verdadeiro representante da tradição dos currais-novense José Bezerra Gomes e Luís Carlos Guimarães
Muitos poetas levaram falta na caderneta da Capitania pela sentida ausência na festa. Durante a tarde, ainda houve o musical incompreensível do grupo “Poetas Elétricos”. Se ninguém explicar o que está ocorrendo no show, o observador comum não vai entender nada.
A alardeada Galeria do Povo, que deveria ser organizada por Eduardo Alexandre, não aconteceu. Pelo menos, este blogueiro não viu nada de Galeria e tinha pouca gente Ribeira. O evento oficial da Capitania terminou com o show do poeta seridoense Wescley Gama, vencedor do prêmio Luís Carlos Guimarães, promovido pela Fundação José Augusto.
A festa terminou com o peta ensandecido Plínio Sanderson sentenciando: “Um elefante é pouco para colocar a poesia potiguar”, referindo-se ao formato do desse mamífero proboscídeo de tamanho avantajado que tem a forma do mapa do RN. Pura verdade para um Estado que tem 16 poetas por metro quadrado. E haja poesia!
4 comentários:
APENAS FALTOU VC CITAR, NÃO SEI POR QUE MOTIVO, O DIA DA POESIA DO SEBO VERMELHO, MUITO MOVIMENTADO, COM BRINDES DE LICOR DE GENGIBRE GENTILMENTE TRAZIDO POR JOÃO DA RUA BAHIA, OVAS FRESCAS DE CURIMATÃ, BELOS CAMARÕES MUITA CERVEJA E PRESENÇA DE MUITOS POETAS, UMA MANHÃ ANIMADA E DE GRANDES ENCONTROS, AINDA O LANÇAMENTO DO GRANDE PEQUENO LIVRO LEYTURAS POTIGUARES. ALEXANDRE
Alex,
O fato de você não ter visto a Galeria do Povo, não quer dizer que ela não tenha acontecido. Aconteceu, sim. Pena que você tenha passado tão pouco tempo no Largo do Museu.
Dunga
Alex,
Não desci ao largo mas encontrei uma amiga acompanhada de um grande grupo(alguns eram de outras cidades) um pouco mais tarde, todos entusiasmados com o show dos Poetas Elétricos, daí meu estranhamento com sua crítica ao show, o qual repito, não assisti, mas os que assisti anteriormente foram bons, muito bons. Xá prá lá, questão é como umbigo e cada cabeça uma senteça. Faço o comentário apenas porque fiquei feliz em ver um grupo(mais de 8 pessoas) entusiamados com nossos artistas.
abs
Oswaldo
Alex:
Transcrevo:
"Já os versos de Nei Leandro são reconhecidos como de alto nível poético, com sonoridade, rima, ritmo e estranhamento, ferramentas importantes na elaboração de um poema."
Comento:
Essa ferramenta "ESTRANHAMENTO" na poesia do meu amigo Nei - que não trabalha nem com métrica nem com rima - é coisa nova, novidade das
adjacências do Beco?
Só cubando,
Laélio
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