7 de maio de 2009

Manifesto de Protesto ao tratamento dado aos professores do Pro-Jovem Urbano em Natal

EDUCAÇÃO

Venho através deste manifesto expor todo o repúdio a forma como os educadores do Projovem/Natal vêm sendo tratados pela Secretaria Municipal de Educação do Município de Natal, administrado pelo Dr Elias Nunes que procura nos tratar com indiferença e rispidez sempre que procuramos o diálogo. O Projovem é um programa federal que em parceria com os municípios vem possibilitando o crescimento educacional, profissional e social de jovens de áreas periféricas. Em Natal o programa sempre foi modelo, mesmo com todas as dificuldades encontradas. A prova disso foi a escolha de um aluno Projovem/Natal para representar os jovens do programa em âmbito nacional em um encontro com o presidente da república.

No ano passado (2008) foi realizado um processo seletivo para contratação de Educadores para o Programa de Inclusão de Jovens/Natal, que por causa de irregularidades foi anulado. Contudo, devemos salientar que as irregularidades foram específicas, mas a punição foi generalizada, prejudicando a todos os educadores que haviam participado e se classificado no processo. Diante da possibilidade de extinção do Programa na cidade de Natal, os professores se uniram e resolveram se mobilizar em torno dessa causa que não teria como prejudicados somente nós professores, mas sim, quatro mil alunos que se inscreveram no programa.

O Programa não foi abolido e uma semana antes do programa iniciar nacionalmente, foram convocados de forma rápida os professores que haviam participado do Programa anteriormente para uma formação de quatro dias, para se dar início ao programa no dia 06 de abril de 2009. Os educadores deram um voto de confiança, sem assinar contrato iniciariam as aulas com a promessa de que o acordo logo seria cumprido e receberíamos o nosso salário justo e de direito, contados a partir do dia 01 de abril, data de início da formação. Contudo o que aconteceu não foi bem assim, mais de um mês se passou e nada foi providenciado, os professores do Projovem trabalham sem nenhuma garantia, sem receber seus vencimentos e sem expectativa de resolver tal situação.

Como se já não bastasse toda a problemática de falta de material, falta de lanche para os alunos, problemas estes que nós como professores, trabalhando juntamente com os alunos, temos que dar respostas diárias, ainda estamos pagando para trabalhar. Como podemos falar em dignidade e cidadania com os nossos alunos, se nós educadores passamos por essa situação de total instabilidade e desrespeito? Não somos sacerdotes e mesmo os sacerdotes têm que ter uma fonte de renda para prover suas necessidades básicas. Não estamos pedindo favor, só queremos o pagamento pelo nosso trabalho e assinar um contrato pelos noventa dias como nos foi prometido, para que o Projovem/Natal continue sendo um exemplo nacional, que diga-se de passagem foi construído através de alunos e educadores.

Educadores Pro-jovem/Natal-RN

Maio de 2009

Um comentário:

serrão disse...

abriu um novo concurso(temporário) para o projovem. detalhe, a prova é de "analise curricular".