18 de maio de 2009

Resposta do operador de áudio de Silvério Pessoa ao Grande Ponto

Olá Alexandro,

Sou o operador de áudio de Silvério Pessoa. Tenho também um Blog aonde comento sobre os bastidores dos shows e eventos em que trabalho. O endereço é (Titioeosbastidoresdeumshow). Lá eu vou dar mais detalhes sobre o acontecido em Natal. Estou tomando coragem para escrever sobre este show de Silvério Pessoa no MPBeco. Sempre tenho preguiça de escrever, pois não sou do ramo como você. Por isso fui ao dicionário para ver o que era “caviloso”. Não tenho vergonha de falar que não sei o significado. Se eu errar na concordância e acentuação no texto aqui, dê um desconto.

Acho também que não é muito aconselhável você dizer que um som é DE PRIMEIRA, pois você não domina o assunto. O que aconteceu lá não foi “manha” nossa. Tentamos simplesmente ajustar o som às nossas necessidades, que aparentemente parece ser simples, mas não é. Não usamos monitores de chão no palco. Todos os músicos usam fones, pois em algumas músicas usamos metrônomo para manter o andamento sempre correto, e usamos bases eletrônicas também.

Posso te garantir que aquele som que estava lá NÃO era de primeira como você falou. Não posso dizer também que foi o pior som que peguei na vida, mas está longe ainda para ser chamado DE PRIMEIRA. Para você ter uma pequena idéia, cada lado do som da frente estava falando de um jeito! O som “pendia” para o lado esquerdo por causa desta deficiência. Pode ser um detalhe simples para leigos como você, mas para quem trabalha com isso, já é um grande motivo para não receber o título de som DE PRIMEIRA.

Pelo fato de todos estarem de fones, a coisa complica mais. Qualquer ruído indesejado nos fones atrapalha muito. E isso foi uma das causas para a demora. Levamos até nossa mesa de monitor, pois sabíamos que a mesa disponível no evento não era uma mesa DE PRIMEIRA. Não vou entrar aqui em detalhes técnicos. Muitos artistas e bandas renomadas não aceitam esta mesa! Simplesmente falam que não fazem o show com esta mesa. Não é o meu caso (ainda).

Saímos cedo de Recife (antes da 7 da manhã) justamente para dar tempo para passar o som. Chegamos um pouco depois das 11h. Quando chegamos ao local, o palco ainda não estava pronto, e só conseguimos começar nosso trabalho depois das 16h! E posso te garantir também que se o equipamento estivesse em perfeitas condições, daria tempo para fazer tudo e Silvério Pessoa não pararia o show para ajustar o som no palco.

Trabalho com ele desde 2004 e sei que ele parou o show porque não dava mesmo para continuar, pois não se escutava nada direito lá no palco. E sem escutar nada direito, não dá para tocar no ritmo correto e cantar no tom certo, que para muitos é um detalhe besta atualmente, mas para Silvério Pessoa (e equipe) é uma obrigação.

Coincidência ou não, os dois artistas com “mais estrada” pararam o show para ajustar o som no palco, não foi? Não posso comentar mais sobre os problemas no palco, pois eu não estava lá. O nosso operador de monitor comentou que os problemas ocorreram por causa das conexões (cabos ruins).

Qualquer dúvida (técnica), estou à disposição.

Um abraço.

NOTA do Grande Ponto - O blog não argumentou sobre as razões de tanta cavilação, mas sim o fato das manhas que Silvério Pessoa explicitou pra todo mundo ver. Agora, a qualidade do som é motivo para outra reflexão. A resposta do operador de audio do cantor pernambucano (sem nome indentificável porque não há assinatura) está publicado nos comentários da matéria e nesse espaço para informar aos leitores, esclarecendo os textos de opinião aqui publicados.

2 comentários:

Titio disse...

Olá Alexandro.
Continuo discordando de você. A qualidade do som não é motivo para outra reflexão, pois foi a qualidade do som no palco que fez com que o meu artista tomasse a atitude cavilosa como você achou. Aí é muito fácil falar de uma atitude sem mostrar os motivos que levaram a pessoa a ter a atitude. Agradeça que não era Alceu no lugar de Silvério naquele palco, pois aí sim, você iria ver uma reação extremamente cavilosa (tou gostando da palavra).
Não assinei (e nunca assino nos Blogs) o meu comentário porque no início já vem dizendo quem está falando, pois tenho conta no Blogger. No início de todos os meus comentários no Blogs aparece: Titio disse...
Nunca respondo como Anônimo. E fica uma redundância eu assinar Titio, pois no começo já diz quem está falando. :)
Um abraço.

José Augusto disse...

O MPBeco 2009 tem gerado uma polêmica danada, sobretudo, envolvendo alguns nomes da imprensa potiguar. Primeiro, veio o episódio do Júlio César com o brilhante fotojornalista Canindé Soares. Mas, aí, tudo já está soluciobado; e, segundo, o caso do Titio, polemizando com o professor universitário, jornalista, intelectual, fotógrafo, e exímio frequentador do Beco da Lama, Alexandro Gurgel.
Nunca é bom pegar queda de braço com a imprensa livre.