6 de junho de 2009

Fotografia & Poesia

Rederredinha
Eduardo Alexandre

Vai um peixe frito com tapioca?
Um cheiro de dendê de mercado?
De cachaça chegada ao copo?
De caju cortado ao prato?
Uma cavala branca no Pé do Gavião?

Serigoela, mangaba, cajá
Cheiro de quê?
De amor?
Cheiro de mar?

Redinha do Gajeiro
Da folia do carnaval
Dos paquetes chegando
Praieiras

Quantos amores
Quantos encantos
e cantos
a Redinha cantou?

Sonho de casamento na capelinha branca
alto da duna
Benção
da Mãezinha dos Navegantes!

Redinha de ginga
palhas de coqueirais
velas, cabelos ao vento
Brisa
Ranger de areia fina
no passo
descalço
de pastorinhas em fandangos
e bumbas-meu-boi.

Sonopreguiça
Rederredinha
Natal !

2 comentários:

Moacy Cirne disse...

Gostei do poema. De verdade.
Assim como gostei do neologismo rederredinha: bastante criativo.

Um abraço.

Moacy Cirne disse...

Oi,
o Grande Ponto está duplamente no Balaio.
Um abraço.