clique no cartaz para ampliar
-
Oito dísticos para a minha terra
Maria Maria
-
Queria agora uma tarde de chuva no Seridó
com seu aconchego de mãe verdadeira.
-
Queria agora construir castelos
na areia permeável do terreiro de casa.
-
Queria botar água no vaso de louça
para as horas sertanejas.
-
Queria o lençol de retalhos coloridos
cheirando a pedras do quaradouro.
-
Queria sentir o redemoinho na entrada da casa
para eu dizer: “cruz, cruz, cruz!”.
-
Queria um sonho com melaço de açúcar
para adoçar os meus confusos sentimentos.
-
Queria construir um tempo de memórias
com antíteses disfarçadas em ventanias.
-
Queria alimentar meus sonhos verdes
Para receber, tranqüila, a maturidade.
Um comentário:
Alex!!!!
Muitíssimo obrigada pela força. Ah, eu sempre me emociono quando leio esse poema Oito dísticos para a minha terra. Valeu!
Maria Maria
Postar um comentário