30 de novembro de 2009

Professor da UFRN alerta: “O avanço do mar em Camapum vai continuar”

AG Sued
Benito Barros afirma que a cortina de contenção que está sendo construída na praia de Camapum não será suficiente para segurar o avanço do mar.

A grande preocupação da população macauense é com o crescente avanço do mar na Praia de Camapum, que acontece desde a década de 80. Nesse tempo, a região sofreu um grande impacto ambiental provocado pela construção da estrada para a praia de Camapum, quase toda executada por aterramento, o que provocou o fechamento de gamboas e destruiu uma boa área de manguezais.

Nessa mesma época, a empresa salineira Cirne, atual Salinor, contribuiu de forma contundente para o avanço do mar, quando duplicou suas áreas de cristalizadores de sal, destruindo centenas de gamboas e avançou sobre as vegetações costeiras, matando outra extensa área de manguezal, levando o professor Benito Barros a acionar judicialmente a empresa por danos ambientais.

O coordenador do Campus da UFRN em Macau, professor Benito Barros, acredita que a barreira de contensão que está sendo feita pela prefeitura para segurar o avanço do mar não vai resolver o problema. “Eu creio que está obra seja pior. Quando construíram o calçadão, a praia tinha mais de 20 metros de areia. Hoje, não há quase nada na faixa de areia de praia”, alertou.

Ele afirma que a construção do calçadão em Camapum pode colocar em risco a ilha de Alagamar porque o mar está avançando e cavando pelas laterais do calçadão. “Na entrada do rio em Alagamar está quase acabado por causa do avanço do mar. Não vai demorar a o mar chegar a parte de Cuba, nas residências”, preconiza.

Benito Barros acha que a solução para frear o avanço do mar é o surgimento da antiga Ilha de Manoel Gonçalves, que hoje é um banco de areia, somente possível ver na maré baixa. “Eu creio que uma cortina de pedras depois do barranco de areia fará ressurgiu a velha ilha de Manoel Gonçalves, que era uma proteção natural existente há anos atrás”, disse

A praia de Camapum tem cerca de seis quilômetros de extensão. Mas, a praia é quase toda privada. Pública mesmo somente 200 metros de frente e 200 metros de fundo. O restante da área pertence às empresas que extraem sal marinho. Apesar de ocupar uma pequena área, Camapum tem 01 parque de vaquejada, 03 pousadas e 16 barracas para comer e beber.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezado Professor, entre no site da revista gestão costeira integrada Volume 8(2) e veja o artigo falando do Bagwall em Alagoas. Com certeza resolverá o problema de Macau.