Fotos AG Sued

-
Segundo a sabedoria do Mestre Câmara Cascudo, há várias denominações para o folguedo do Boi Calemba. Sua designação varia de acordo com os Estados. Na Amazônia, boi-bumbá; no Ceará, boi surubi ou surubim; no Rio Grande do Norte, boi calemba; em Santa Catarina, boi de mamão; etc.
A brincadeira conta a estória de um homem e um boi, ou seja, o contraste entre, a fragilidade do homem e a força bruta do boi e, por outro lado, a inteligência do homem e a estupidez do animal. Em Natal, o Boi Calemba do Mestre Elpídio é um dos folguedos mais antigo do Rio Grande do Norte, alcançando seu auge no tempo do prefeito Djalma Maranhão.
Em plena atividade, o Boi Calemba do Mestre Elpídio se transformou no Ponto de Cultura “Boi Vivo” para continua a brincadeira tradicional. De acordo com o repórter fotográfico e produtor cultural Lenilton Lima, a idéia de transformar o Boi Calemba do Mestre Elpídio em Ponto de Cultura é para manter a tradição do “Boi” viva, além da realização de oficinas para formar novos brincantes.
Lenilton Lima ressalta que Mestre Elpídio é um brincante remanescente da época do prefeito Djalma Maranhão e único mestre potiguar ganhador do Prêmio de Culturas Populares Humberto de Maracanã, em 2007. “Esse é uma dos Bois de Reis mais importantes do Estado”, afirmou o produtor cultural, ressaltando que o velho brincante é o motivo de inspiração do Ponto de Cultura “Boi Vivo”.
O encontro com o Mestre Elpídio se deu quando o Mestre foi até a República das Artes, conta Lenilton, indicada por Vera Rocha (trabalhava na Capitania das Artes) para que a República das Artes fizesse um trabalho para a restauração do Boi alguns figurinos para a trupe do Boi, mesmo sem dinheiro para o custeio das despesas. “Nesse encontro, a gente criou uma afinidade muito grande com o Mestre Elpídio”, ressaltou Lenilton Lima.
A brincadeira conta a estória de um homem e um boi, ou seja, o contraste entre, a fragilidade do homem e a força bruta do boi e, por outro lado, a inteligência do homem e a estupidez do animal. Em Natal, o Boi Calemba do Mestre Elpídio é um dos folguedos mais antigo do Rio Grande do Norte, alcançando seu auge no tempo do prefeito Djalma Maranhão.
Em plena atividade, o Boi Calemba do Mestre Elpídio se transformou no Ponto de Cultura “Boi Vivo” para continua a brincadeira tradicional. De acordo com o repórter fotográfico e produtor cultural Lenilton Lima, a idéia de transformar o Boi Calemba do Mestre Elpídio em Ponto de Cultura é para manter a tradição do “Boi” viva, além da realização de oficinas para formar novos brincantes.
Lenilton Lima ressalta que Mestre Elpídio é um brincante remanescente da época do prefeito Djalma Maranhão e único mestre potiguar ganhador do Prêmio de Culturas Populares Humberto de Maracanã, em 2007. “Esse é uma dos Bois de Reis mais importantes do Estado”, afirmou o produtor cultural, ressaltando que o velho brincante é o motivo de inspiração do Ponto de Cultura “Boi Vivo”.
O encontro com o Mestre Elpídio se deu quando o Mestre foi até a República das Artes, conta Lenilton, indicada por Vera Rocha (trabalhava na Capitania das Artes) para que a República das Artes fizesse um trabalho para a restauração do Boi alguns figurinos para a trupe do Boi, mesmo sem dinheiro para o custeio das despesas. “Nesse encontro, a gente criou uma afinidade muito grande com o Mestre Elpídio”, ressaltou Lenilton Lima.
Uma vida no Boi de Reis

De acordo com o próprio Mestre Elpídio, ele começou a brincar com o Boi de Reis aos 8 anos de idade, em Ceará Mirim, no início da década de 1930. “Eu comecei a dançar o Boi como Galante de um senhor chamado Vitalino. Mas, quem era o mestre do Boi era um cunhado dele chamado Eurico. Ele não sabia de nada”, revela o mestre, ressaltando que veio para Natal com a família no início dos anos 1940.
Em Natal, encontrou o Mestre Zé Targino que brincava com seu Boi Pintadinho, o cunhado como contra-mestre e o Elpídio como segundo Galante. Depois de um ano, muito insatisfeito com o comportamento do Mestre Zé Targino, Elpídio resolveu criar seu próprio Boi Calemba com o cunhado Mestre Manoel Curto. “Nós ensaiávamos num barraco Carrasco e brincava onde era chamado”, disse o Mestre Elpídio.
Depois de separado do Mestre Mané, o Boi do Mestre Elpídio tem feito brincadeiras durante mais de 50 anos e também tem ensinado a outras pessoas a “botar boi”, como o saudoso Mestre Manoel Marinheiro, do Boi de Reis de Felipe Camarão, que foi seu aluno. Conforme o folclorista Severino Vicente, o Mestre Elpídio é um dos altos mais importantes do Estado por mostrar no Boi Calemba um resgate do Boi de Reis original do século XVII, presente nos adereços, figurinos, personagens e na dramatização.
Apesar do Mestre Elpídio morar em Parnamirim, no bairro Coabinal, ele reclama que a Prefeitura não incentiva o Boi Calemba de nenhuma forma. “O prefeito da minha cidade não gosta de cultura. Ele prefere mandar busca os artistas de fora do que prestigiar o que a gente tem. Agora, ele anda dizendo que vai prestigiar a cultura e os artistas da terr. Vamos ver”, lamenta.
O Boi Calemba Potiguar

Do elenco se destaca o Mestre que, quase sempre, é o dono do espetáculo. Deífilo Gurgel conta que “os antigos Mestres de Boi Calembra de Ceará-Mirim e São José de Mipibu vinham a Natal contratar seus espetáculos empunhando uma espada desembainhada”, porque a espada simbolizava o poder.
Outro personagens: os Galantes são em número de quatro a oito. As duas damas são, na realidade, dois meninos vestidos de mulher. Os mascarados possuem os seguintes nomes: Mateus, Birico e Catirina. Entre as figuras, podem ser citadas: Burrinha, Bode, Cheque, Gigante e sua mulher Maria Zidora da Conceição Pia.
No Boi Calemba ainda há as figuras do Jaraguá, Mariquinha (mullher do Jaraguá), Maria Sai da Lata (irmã de Mariquinha), além de 4 tocadores (rebeca, triangulo, pandeiro e sanfona). Como disse Deífilo Gurgel: “O Boi é a figura central do folguedo. É o último que se apresenta. Depois que ele sai de cena, canta-se as despedidas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário