9 de março de 2010

Uma formosa expedição fotográfica

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Turma de fotógrafos aventureiros da Aphoto participando de mais uma expedição pelo Rio Grande do Norte.
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“Atenção senhores fotógrafos, se aprumem em seus lugares que a Millenium está num pé e noutro pra pegar o beco”, avisava o comandante Deassis, encarregado de pilotar a nave em busca de aventuras fotográficas no litoral sul. A viagem ocorreu sob a alegria de um aniversário a bordo. Bolos e palmas foram espalhados para o sabor da galera.

Quando aquela ruma de fotógrafos desembarcou na praia de Baía Formosa, tiveram um impacto visual da baía que originou seu nome, com uma enseada de falésias e suas águas azuis formam um belíssimo cartão-postal. O nome original da grade baía, dado pelos índios que habitavam a região, era Aretipicaba (bebedouro dos papagaios).

Conforme o historiador Câmara Cascudo, no livro “Nomes da Terra”, encontra-se no mapa de João Teixeira a “Bahia Formosa”, uma denominação dada pelos portugueses encantados com a beleza da enseada, aberta para o mar na moldura da floresta. Ainda segundo Cascudo, Baía Formosa era habitada doze anos antes da fundação da cidade do Natal.

Em conversas com os nativos, a galera descobriu que Baía Formosa é um conhecido “point” dos surfistas, respeitada nos circuitos amadores e profissionais de surf de todo o país. Não foi possível fotografar a Mata Estrela, porém ficamos sabendo que é a maior reserva de Mata Atlântica sobre dunas do Brasil, com 2365 hectares, margeando a extensão litorânea da enseada da praia.

Situada ao sul, na Região Litoral-Agreste, já perto da divisa com a Paraíba e a 105 km de Natal, Baía Formosa foi o palco de longas caminhadas pela beira mar em busca de cliques, até a parada estratégica para se refrescar, beber água e cerveja gelada. Alguns aventureiros aproveitaram para almoçar na barraca de praia, sentindo a areia nos pés, degustando peixes fritos a moda da casa.
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Arez e Georgino Avelino
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Vista de Georgino Avelino, parte da lagoa Guaraíras e seus mangues.

De barriga cheia, a trupe seguiu viagem para Arez, cidade histórica localizada na beira da lagoa de Guaraíras, distante 70 km de Natal. Na cidade, a Igreja São João Batista de Guaraíras chamou logo a atenção dos cliques. Essa é uma igreja jesuíta, considerada uma das mais antigas do Brasil. A construção levou 17 anos de mão de obra indígena e escrava para ser concluída.

Uma peça bélica holandesa chamou a atenção da galera. O Canhão do Fortim da Ilha do Flamengo Peça de artilharia pesada usada pelos holandeses nos anos de 1647 a 1652 em batalhas contra os portugueses. O Fortim foi tomado pelos portugueses e o canhão foi abandonado na Ilha do Flamengo, local das batalhas. O canhão ta lá, em exposição na Praça Leônidas de Paula, no centro da cidade.

A galera foi ainda até o cemitério de Arez para conhecer sua fachada, em estilo rococó, construída por um frei capuchinho. Não há outro modelo em todo o Nordeste do Brasil. Foi tombado pelo instituto Histórico Nacional. Ninguém quis se demorar ainda mais em Arez.

Seguimos por uma estrala rodeada de Mata Atlântica cortada pela Lagoa de Guaraíras, muito explorada por carcinicultura, enfeando a paisagem até a cidade de Senador Georgino Avelino. Quando a galera desceu para clicar a cidade, só viu uma capelinha e uma menina na janela, espiando a performance dos fotógrafos.

Um mirante e a última parada no Bar da Ostra para degustação de ostras (claro) com pitadas de sal, gotas de limão e azeite a gosto. Um visual de tirar o fôlego foi a janela do bar, motivo para muitas fotos das Guaraíras e seus mangues. Algumas objetivas alcançavam as falésias de Tibau do Sul, na ponta extrema da Lagoa.

Já era noite quando chegamos à Natal com muitas imagens invocadas na bagagem. Na garganta, o goto seco da saudade, lembranças que ficam da galera se confraternizando pelas areias escaldantes de Baía Formosa, ou em frente a Igreja jesuíta de Arez ou ainda no visual da Lagoa no Bar da Ostra. O comandante Deassis foi deixando os fotógrafos pelo caminho na promessa de ser o piloto da próxima viagem.

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Prainha com o mar azul turguesa em Baía Formosa.

Coqueiros de Baía Formosa.

Praça central em Arez.

Vila de pescadores em Georgino Avelino

Veja mais foto da Expedição Baía Formosa
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4 comentários:

Amana Raab disse...

Conheço Baía Formosa.
Um lugar belíssimo onde há reservas de lagos de água cristalina envoltos de areia colorida!

Apaixonante!

Deise Areias disse...

Vixi, deu água na boca... Ô inveja de não ter ido...

Unknown disse...

Maravilha, Alex! Um abraço e até um próximo passeio. Dependendo, quem sabe, Goianinha?

Thyrone.

Yasmine Lemos disse...

lindas fotos e o lugar aconchegante
parabéns
abçs