21 de junho de 2010

Um poema de Antoniel Campos, Pau dos Ferros RN

Absinto

não mais direi o que sinto.
se sinto, sou; não se digo.
que me fale o verbo extinto
e me cale o que persigo.
meu dizer — meu inimigo,
meu sal, meu ácido e absinto —
tudo o que diz eu desminto
e o que bendiz eu maldigo.
não mais direi. (sei que minto).
é no silêncio que eu sigo.

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