29 de julho de 2010

Distritos de Diogo Lopes e Barreiras lutam pela emancipação política

Com o abandono das comunidades de Diogo Lopes e Barreiras por parte da Prefeitura Municipal, um grupo de moradores tiveram a iniciativa de se organizarem para pensar numa possível ação de emancipação política, para que as pessoas de comunidade possam ter uma qualidade de vida melhor em relação aos serviços públicos oferecidos.

De acordo com o educador Neuton Costa, o desprezo por parte do governo municipal é tão grande em Diogo Lopes que falta segurança, o esporte está totalmente abandonado, a saúde fragilizada, educação sucateada, além do crescimento do consumo de drogas porque não há políticas públicas direcionadas aos jovens. “Nós somos esquecidos pela prefeitura de Macau”, relatou o educador.

Neuton Costa diz ainda que o projeto de emancipação política da comunidade está respaldado por uma “brecha” na Legislação com a PEC (Proposta de Emenda a Constituição) número 52, que devolve ao legislativo a prerrogativa sobre criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios.

Segundo o educador, a área a ser emancipada dos distritos se enquadra nas condições geográfica, em número de população, de eleitores e de recursos econômicos, com potencial na pescaria, com o turismo e a exploração de petróleo, além de ser mais de 30 km longue da sede do município. “Nós temos capacidade de nos manter com os subsídios produzidos dentro da nossa própria comunidade”, afirmou.

A comunidade já se reuniu 14 vezes até o início de junho de 2010, conforme Neuton Costa, ressaltando que é cada vez maior o número de pessoas reunidas e querendo a emancipação política. “A nossa comunidade está consciente da importância de sermos emancipados de Macau”.

Mas, o movimento teve que parar um pouco porque a PEC 52 só será votada no próximo ano. Ainda haverá um plebiscito e a homologação por parte da Assembléia Legislativa. “Existe todo um processo a ser percorrido, mas a gente vai em busca de apoios para permanecer correndo atrás desse sonho”, completou.

O Novo Município

Ainda na ficou decidido qual será o nome do próximo município. Conforme Neuton Costa, no devido tempo haverá uma votação entre os moradores para escolher democraticamente um nome para o lugar. Porém, alguns nomes estão cogitados como Praias Belas, Ponta ou Tubarão.

Todos os distritos que se emanciparam se desenvolveram econômica e socialmente. O educador alerta que ninguém está preocupado com o nome, mas com o desejo de ser independente. “Nós teremos nossos próprios vereadores e o prefeito trabalhando em favor da nossa comunidade”.

O novo município vai abranger Diogo Lopes, Sertãozinho, Barreiras, Baixa do Brito, Soledade Chico Martins, Cacimba da Baixa, além de alcançar o Moinho do Juá e os assentamentos rurais, reunindo mais de 10 mil pessoas em todo esse território. “Nós já fizemos reuniões com todas as comunidades e o pensamento é um só: emancipação já”, declarou Neuton.

O educador só reclamou que o único vereador que representa a comunidade de Diogo Lopes, Oscar Paulino, nunca participou das reuniões, apesar de ter sido convidado verbalmente e através de ofícios. “A história vai mostrar quem realmente quer o bem da comunidade. Ainda há um longo caminho até a nossa emancipação”.

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro Alex Gugel, permita-me um singelo comentário sobre esse tema. A emacipação política de Barreiras e Diogo Lopes. Veja bem, pelo que mes consta a iniciativa de algumas pessoas, políticos ou não, destas comunidades em levantar esse debate está carregada de desinformação, preconceito e usura. Quem determina legalmente se um povoado, vila ou comunidade passa a ser cidade são as leis da carta mágma do nosso país. O que vejo também, é o que está se observando com muita gula são os royaltes do petróleo que por ventura seriam repassado ao dito município. Mas sabem eles, e figem que não sabem, que este minério é finito. Isto é, um dia o petróleo se acaba. Aí, o municipio pobre, sem comércio, sem industria irá sobreviver de que? Pois, esses defensores de tal causa, são inescrupulosamente corruptos e subservientes. Nunca, nenhum deles, moveu uma palha para barrar a pesca indiscriminada da mina de ouro chamada LAGOSTA. E olhe o resultado, a lagosta acabou-se. Hoje, os dois distritos vivem entregues a violencia, consumo de drogas, protituição, homosexualismo, assaltos e muita cachaça. E o que se ver é festas e mais festas para levar a juventude as programações de gosto duvidoso. Esta história de emacipação não passa de separatismo e oportunismo. Tenho pena do povo desse lugar se isso acontecer. Separatismo combina muito mais com nazismo do que om democracia. tenho dito.
Professor Tião Maia

crispimf disse...

Caro Alex Gurgel, vou deixar meu depoimento sobre esse assunto tão complicado para as comunidades citadas. Sabemos muito bem que essas comunidades foram deixadas de lado pelo governo, não só o atual, mas isso vem se prolongando a muito tempo. Com isso, surgiu inúmemeras infermidades sociais, tais como, prostituição, drogas, roubos, etc... Alguns são contra a emancipação dessas comunidades, vejamos, tudo o que já foi citado neste depoimento, será que isso vai mudar? Provavelmente ou com certeza não. Então vamos sim lutar pela emancipação dessas comunidades. É lógico que isso não pode acontecer de forma desordenada, temos que estudar muito para mostrar como somos capazes de transformar essas comunidades em um lugar bom de se viver. Pois atualmente não são. Esse é um pequeno depoimento de um ex morador da comunidade de Diogo Lopes que por motivo de falta de trabalho teve que sair de perto da sua família e ganhar a vida fora. Atualmente Militar Diego Crispim