9 de novembro de 2010

Um poema de Iara Carvalho, Currais Novos RN

Doida

VI

preparou a mesa
com especiais
aromas.

o homem nunca
soube
o que ela guardava
no turíbulo.

a cor dos seus olhos,
um pedaço de vulcão.

VII

ela ronda
meu coração
com saias
e chuvas.

espeta meu ventre,
delicadeza
de chumbo.

ameaça
me lavar.

mas santa

não é.

uma atriz?

um espelho?

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