13 de dezembro de 2010

Dia de Santa Luzia e o teatro mágico da Virgem de Siracusa

Foto: Hugo Macedo
O espetáculo Oratório de Santa Luzia é apresentado no adro da Catedral de Santa Luzia, em Mossoró

Mossoró vem se despontando como uma cidade de uma forte tradição cultural devido as grandes realizações teatrais apresentadas ao ar livre, dando aos mossoroenses e turistas uma oportunidade para conhecer as histórias e as manifestações artísticas do seu povo.

A Prefeitura de Mossoró realiza anualmente três grandes espetáculos teatrais: Chuva de Balas no País de Mossoró, que conta a história da derrota de Lampião naquela cidade; o Auto da Liberdade, onde apresenta a abolição da escravatura, quando Mossoró libertou seus escravos antes da Lei Áurea; e o Oratório de Santa Luzia, narrando a história da padroeira dos mossoroenses.

O Oratório de Santa Luzia é um misto de teatro, música e dança, reunindo um grande elenco entre atores e bailarinos. Um rico figurino veste os atores e no palco são utilizados alguns objetos cênicos como fogo, gelo seco e efeitos especiais para o delírio do público. O destaque do espetáculo é a emocionante atuação da atriz Tony Silva, interpretando a personagem da cega Nicácia, que narra toda a história da peça.

O diretor do Oratório de Santa Luzia, João Marcelino, responsável pela concepção de cenário e encenação do drama, declarou que a grande mensagem que a peça transmite para o povo é a tolerância diante da martirização e do sofrimento vivido por Luzia. A direção musical foi feita pelo maestro Danilo Guanais.

A história de Santa Luzia
Baseado nos escritos do historiador Geraldo Maia e com texto de abertura do poeta Gilberto Avelino, o Oratório contou a história de Santa Luzia, que viveu no final dos anos 300 da era cristã, na cidade de Siracusa, região da Sicília, Itália.

Luzia era a única herdeira de uma família rica e nobre, que possuía uma fortuna em jóias, muitas terras, grandes castelos e dezenas de escravos. A linda jovem Luzia era estudiosa, sabia ler e escrever em grego e latim e foi educada por sua mãe na fé cristã. Naquela época, o cristianismo ganhava espaço lentamente entre os pagãos e a lei do Imperador Diocleciano proibia a prática dessa religião.

Além de abastada, Luzia tinha lindos olhos verdes que encantavam os rapazes da região. Sua formosura despertou interesses em um jovem pagão que estava apaixonado por ela. Luzia renuncia ao casamento, faz votos de castidade para dedicar-se a sua religião e distribui todos seus bens com os pobres.

O noivo, rejeitado pela jovem Luzia, usa o decreto imperial que previa a perseguição aos cristãos e por vingança, a denuncia ao prefeito de Siracusa, Pascásio, que ainda ofereceu-lhe a opção de renunciar a Cristo e casar-se com o rapaz pagão. O crime de ser cristão era punido com prisão e, na desobediência repetida do crime, com a morte.

Para livrar-se do amor que seu noivo nutria, Luzia arrancou seus próprios olhos, renunciando a vaidade do corpo. A Virgem de Siracusa negou-se a cultuar os ídolos romanos e foi presa, torturada e condenada à pena de morte.

Foi decapitada no dia 13 de dezembro do ano 304, sendo nessa data seu “nascimento espiritual” – dies natalis – como denomina a Igreja Católica para os santos que nascem para a vida eterna.

2 comentários:

Lagoa Nova Verdade disse...

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Anônimo disse...

Alex:

Endireite esse "abastarda", pelo amor de Cristo! Senão, dá glosa!
A santa era ABASTADA - ou seja, rica, cheia da grana, opulenta.
"Abastarda" é um tempo (imperativo afirmativo) do verbo abastardar: tornar(-se) bastardo; fazer degenerar ou degenerar(-se) física ou moralmente; alterar(-se), corromper(-se), abastardear(-se), bastardear(-se).
Abraço,
Laélio