Gilmar Leite
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Vejo nas águas deste lago imenso
Os reflexos do ocaso avermelhado
Num crepúsculo de tom inusitado
Parecendo o mundo está suspenso.
Com as células do meu corpo penso
Onde o cérebro fulge a luz sensível
Que percebe nas fendas do invisível
Os segredos sutis da natureza
Demonstrando seu corpo de beleza
Numa aurora de tom perceptível.
Mergulhado no mundo dos sentidos
Eu deslizo nas águas do meu peito
Tendo os beijos dum lago tão perfeito
Sob um sol que tem tons bem coloridos.
As sementes estampam estalidos
E germinam no solo a luz da vida
A minha alma desperta enternecida
Envolvida com os beijos da natura
Despertando do peito uma criatura
Dando passos de versos e despida.
Alguns pássaros pousam delicados
Como as cores sutis da primavera
Que meu peito calado, só pondera,
A beleza com gestos refinados.
Os canários com sons sofisticados
Soltam cantos de doce melodia
No meu peito desperta a sinfonia
Do silêncio diante da grandeza
Só a lágrima no rosto me dardeja
Com as plumas dum mundo de magia.
Fico inerte, deitado sobre o solo,
Envolvido de calma e mansidão
E desperto nos tons do coração
Ao sentir uma ave no meu colo.
O seu canto me traz a paz do pólo
Acendendo minh’alma de esperança
Que do peito germina a flor criança
Num cenário de sonho e calmaria
Onde a brisa da vida me irradia
Ofertando o seu beijo numa trança.
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