6 de setembro de 2011

Um poema de Iara Carvalho, Currais Novos RN

Mas é uma flor
 
arranha
a textura
das palavras
arando
as paredes
vibrantes.

a musculatura
é flácida, 
os ossos
não sustentam
o mundo.

mas infiltrações de
pétalas
amanhecem
um novo tempo

(amarelo, febril, delicado)

girestrelas
despencando
no telhado.

Nenhum comentário: