Natal, 26-2-2006
Alex,
Este rincão que cruza a Vigário Bartolomeu, chamado Bar de Nazaret, muito conhecido nosso e por você também, data calculadamente em uns 5 anos, congregando gente de várias procedências e de todas as profissões, gente de padrão médio, brancos, tecendo comentários dissipados e de todo teor.
Afinam-se pelo diapasão grosseiro, falando da vida alheia, muitas risadas, embora não briguento, beberrões fumadores mantendo-se às custas dessa falação menosprezante, achincalhante, que não raro desce ao baixo calão, para depois retornar ao ponto de onde partiu, isto é, à amabilidade fingida.
Arrebanham pilhérias que não fazem jus ao centro da cidade natalense, comercial de antiga tradição como é de nosso conhecimento. É época de carnaval e é quando as coisas pioram mais ainda: frevo, dança carnavalesca, gritaria...
Alguns juntam diplomas universitários como de História, Geografia, Matemática e até odontologia, mas esses nada fazem para melhorar o ambiente, compactuando com a bancada turbulenta, quando era de supor que fizessem congressos familiares dentro de suas respectivas cadeiras de professores.
Antigos uns, novatos outros. Os últimos, suponhamos, vêm a fim de tentar o teste que noutros lugares fizeram debalde e já que seria “descobrir um santo para cobrir outro”, dá na mesma. Os presentes, os desfalques que lá aprenderam que os deslustra afastam-se para outros países, a fim de limpar a consciência já poluída. Nunca mais retornam aqui. A turma, entretanto não se desfaz e tudo continua na mesma de sempre, sem descanso.
Os passantes não se demoram nem para olhar, salvo alguns mais curiosos, mas sempre passam de largo. De largo não, pois o ambiente é estreito, como estreito é o ponto que se situa. Felizes infelizes: desquitados, endividados e turrões.
Crianças? Lá alguma vez aparece uma. Também para que? Aprenderem o que veria desviar do bom caminho? Isso não.
Calejado ponto de reunião não há como erradicar esse calo. Ao lado está Ojuara, que chamam presidente dos cornos de Ceará Mirim, que raro aparece. Faz esculturas de ferro.
O cigano vez em quanto dá as caras, mas falam mal do Cigano, não se sabe com que fundamento. Carlança, glutão, sofrível, tocador de violão.
J. Helmut, artista pintor, a fazer versos e vende-los a preços insignificantes; recentemente, publicou um livro com sucesso de mercado.
No mais aqui, a critica desse local natalense que rogo lhe lance na internet e publique no jornal.
J. Helmut
Alex,
Este rincão que cruza a Vigário Bartolomeu, chamado Bar de Nazaret, muito conhecido nosso e por você também, data calculadamente em uns 5 anos, congregando gente de várias procedências e de todas as profissões, gente de padrão médio, brancos, tecendo comentários dissipados e de todo teor.
Afinam-se pelo diapasão grosseiro, falando da vida alheia, muitas risadas, embora não briguento, beberrões fumadores mantendo-se às custas dessa falação menosprezante, achincalhante, que não raro desce ao baixo calão, para depois retornar ao ponto de onde partiu, isto é, à amabilidade fingida.
Arrebanham pilhérias que não fazem jus ao centro da cidade natalense, comercial de antiga tradição como é de nosso conhecimento. É época de carnaval e é quando as coisas pioram mais ainda: frevo, dança carnavalesca, gritaria...
Alguns juntam diplomas universitários como de História, Geografia, Matemática e até odontologia, mas esses nada fazem para melhorar o ambiente, compactuando com a bancada turbulenta, quando era de supor que fizessem congressos familiares dentro de suas respectivas cadeiras de professores.
Antigos uns, novatos outros. Os últimos, suponhamos, vêm a fim de tentar o teste que noutros lugares fizeram debalde e já que seria “descobrir um santo para cobrir outro”, dá na mesma. Os presentes, os desfalques que lá aprenderam que os deslustra afastam-se para outros países, a fim de limpar a consciência já poluída. Nunca mais retornam aqui. A turma, entretanto não se desfaz e tudo continua na mesma de sempre, sem descanso.
Os passantes não se demoram nem para olhar, salvo alguns mais curiosos, mas sempre passam de largo. De largo não, pois o ambiente é estreito, como estreito é o ponto que se situa. Felizes infelizes: desquitados, endividados e turrões.
Crianças? Lá alguma vez aparece uma. Também para que? Aprenderem o que veria desviar do bom caminho? Isso não.
Calejado ponto de reunião não há como erradicar esse calo. Ao lado está Ojuara, que chamam presidente dos cornos de Ceará Mirim, que raro aparece. Faz esculturas de ferro.
O cigano vez em quanto dá as caras, mas falam mal do Cigano, não se sabe com que fundamento. Carlança, glutão, sofrível, tocador de violão.
J. Helmut, artista pintor, a fazer versos e vende-los a preços insignificantes; recentemente, publicou um livro com sucesso de mercado.
No mais aqui, a critica desse local natalense que rogo lhe lance na internet e publique no jornal.
J. Helmut
Nenhum comentário:
Postar um comentário