17 de fevereiro de 2007

Meu sonho de carnaval

Bob Motta
(Natal RN)

Quero te encontrar na cama,
literalmente despida.
Debruçada no colchão,
languidamente estendida.
Com as pernas semi-afastadas,
nem totalmente acordada,
nem tampouco, adormecida.

Ao te ver naquele estado,
sinto uma alegria imensa.
Tu sentirás um arrepio,
que é a minha presença.
Te percorrendo inteirinha,
ao longo da tua espinha,
sem se quer, pedir licença.

Sentirás a minha boca,
umidecendo tua nuca.
Ao morder as tuas costas,
nem causa dor, nem machuca.
E com beijos atrevidos,
lambidas em teus ouvidos,
quero te deixar maluca.

Entre a cama e o teu corpo,
acomodo as mãos, com jeito.
Enquanto beijo por trás,
teu corpo, mais que perfeito.
E assim, oh! Musa querida,
contente e feliz da vida,
te massageio cada peito.

Que se arrepiam, de pronto,
com meus dedos enxeridos.
Deixando em alerta total,
em tí, todos os sentidos.
Os teus pelos, eriçados,
o teu púbis, orvalhado,
mamilos, enrijecidos.

Continuo percorrendo,
tal qual um desbravador,
abro caminhos incríveis,
em teu corpo sedutor.
E tu, alí alma gêmea,
soltando o cheiro de fêmea,
teu perfume embriagador.

A minha boca não para,
de explorar tuas estradas.
Tua boca pronuncia,
palavras apaixonadas.
Sem fazer qualquer barulho,
eu, de cabeça, mergulho,
em tuas coxas afastadas.

Viro teu corpo prá cima,
com a barriga p’ro ar.
Qual peão a uma potranca,
chucra, tentando domar.
Numa louca cavalgada,
montado em tí, desvairada,
quero ao clímax, chegar.

Tu em transe, desvairada,
me querendo mais e mais.
Pela boca e outras portas,
pela frente e por detrás.
E eu te amando loucamente,
beijo apaixonadamente,
os teus lábios verticais.

O teu néctar de amor,
em profusão a jorrar.
Entre orgasmos e estertores,
tuas coxas a me imprensar,
deixam-me extasiado,
com o peito acelerado,
mal podendo respirar.

Isto seria, querida,
felicidade total.
Te amando fora da conta,
em orgasmo pleno, geral.
Com amor, junto com tezão,
eu realizava, então,
MEU SONHO DE CARNAVAL...

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