5 de março de 2007

Dia da Poesia em Currais Novos

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Diante do tratamento muitas vezes medíocre que tem recebido a Arte em nossas paragens seridoenses, principalmente no que se espera dos órgãos públicos e apenas se espera, espera... é que surge o GRUPO CASARÃO DE POESIA, formado por um grupo de amigos/artistas envolvidos na mesma teia encantadora de buscas, teia em que se enovela o desejo coletivo de realizar, em Currais Novos, a comemoração do Dia da Poesia.

Embora em data diferente da tradicional (14 de março), o evento irá se realizar no dia 24 do mesmo mês e contará com a participação de vários poetas currais-novenses como: Luma Carvalho, Aldenir Dantas, Gianote Araújo, Luciene Danvie, Iara Maria Carvalho, Théo G. Alves, Ana Lúcia Henrique, José Mendes, ElinaCarvalho, Paula Érica, Wescley J. Gama, além da presença de outros artistas como os cordelistas natalenses Abaeté e Paulo Varela; o Grupo Cordel do Pé Quebrado, de Cerro-Corá; o xilogravurista Eric Lima, de Natal; a romanceira D. Etelvina e o repentista Zé Lúcio, ambos de Currais Novos.

Em homenagem ao escritor currais-novense José Bezerra Gomes, o evento proporcionará ao público da região e a todos os amantes da Poesia, o encontro mais que necessário do erudito com o popular, da teoria com aprática, promovendo mini-cursos, oficinas e uma mesa redonda com artistas locais trazendo à tona uma discussão acerca dos espaços que a Poesia possui nesse mundo contemporâneo tão caótico, onde não podemos nos dar o direito ao silêncio diante da vida, gritando através da Poesia, essa “pedra de escândalo da humanidade” (Octávio Paz).

À noite, realizaremos o casamento da Poesia com a Música, com o lançamento do CD de Wescley J. Gama e a apresentação dos Grupos Musicais: Radiola de Ficha e Seu Ernesto, ambos de Currais Novos; Esso Alencar; e Dub Project, estes últimos de Natal/RN. Regado a vinho e música, o evento, graças apeculiaridade do Grupo que o idealiza, quebrará qualquer protocolo quando, cortando os vãos do espaço, fugindo a qualquer padrão, deixará a Poesia se infiltrar entre as pessoas, se esgueirar por entre as músicas, caminhar clandestinamente pela tez da teoria, dos discursos, das danças; e se fará plena e absoluta, através do constante recital que por vezes abalará prédios, ensurdecerá multidões, mas também, como livre passarinho, irá auscultar o coração dos transeuntes e eclodir, a vívida POESIA, a POESIA de nossos poros e almas, uma das suas infinitas marcas: transformação do UM em TODOS, epifania completa de uma coletividade.

Contatos: (84) 9108-7703

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