1 de julho de 2007

Santo da Casa faz milagre?

ARTIGO

Por Plínio Sanderson

Os meninos da Casa da Ribeira, em recente matéria da Tribuna do Norte, questionam o mérito no julgamento de projetos, principalmente o “Quarta Musical”. Na supra matéria, declara o diretor Henrique Fontes que existem oitos projetos sendo tocados, onde o mais caro “apenas” R$ 180.000,00. Numa conta rápida, bem mais de hum milhão de reais ou mais de 25% da renúncia anual, só (apenas) para uma instituição.

Mesmo elencando os vários convênios permanentes com a iniciativa privada. Tal instituição tem usado a Lei nº. 7799 como entidade mantenedora, quando ano após ano tem concorrido com projetos simultâneos e cativos, e até mesmo para reformar, equipar a Casa. São projetos cativos e permanentes, numa reserva de mercado pesada e injusta.

Os cachês pagos para os artistas, em 2005 foi R$ 2.000,00, ficam na própria Casa da Ribeira a título de aluguel do espaço para ensaios, iluminação.

HF tem a cara de pau de dizer que não estão fazendo cultura para ganhar dinheiro. A maioria dos custos nos projetos é na Produção (pré, durante e pós), coordenação (pré, durante e pós), quando é notório que eles se revezam nos cargos de projetos em projeto. Sem falar que foi criada uma produtora chamada “House”, isso mesmo uma produtiva metalinguagem de eventos.

O desapego não é tônica dos meninos, para se ter uma idéia, lembro que uma pessoa para distribuir filipêtas ganharia R$ 300, 00, ôpa!

Outra recordação interessante, foi numa análise feita por mim em dois projetos da CR, (o 080 e o 081 Natal, em 17 de novembro de 2004): Acreditamos no mérito e na relevância dos supracitados Projetos para a cultura do nosso estado, contudo, devido as competências concorrentes aferidas, sugerimos ao proponente a unificação dos projetos ou a escolha na apresentação entre o “Natal Arte Contemporânea” e o “Intercâmbio Artes Visuais”. Moral da história? Unificaram e aumentaram o valor, é mole?

Quanto por cento do total da renúncia da Lei Cascudo nos seis anos ficou na Casa da Ribeira? Acho que beira os 40%.

Faltou um lema nas palavras de Henrique Fontes (de renda):

AJUDEM OS ARTISTAS LÁ DE CASA!

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