Romance
A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós
“O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.No Alentejo, pela Estremadura, através das duas Beiras, densas sebes ondulando pôr e vale, muros altos de boa pedra, ribeiras, estradas, delimitavam os campos desta velha família agrícola que já entulhava o grão e plantava cepa em tempos de el-rei d.Dinis. A sua Quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo douro, cobriam uma serra. Entre o Tua e o Tinhela, pôr cinco fartas léguas, todo o torrão lhe pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga até ao mar de âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era em Paris, nos Campos Elísios, nº.202.”
Leia A Cidade e as Serras na íntegra
Contos
Já podeis da pátria filhos, de João Ubaldo Ribeiro
“Sabe-se que o estrangeiro, ao jogar futebol, ataca o balão de couro como se fosse inimigo. Há quem diga que o joelho empedrado é natural do gringo, variando uma besteirinha de acordo com a espécie. Isto devido à comida que eles comem, que e muito melhor do que a comida que o brasileiro come, com exceção de que o joelho fica empedrado. Porém a comida dá enormes sustanças e além disso eles usam foguetes e o raio leise. Ninguém me diga que a Hungria não usou o raio leise em cinqüenta e quatro, quando eles davam de 11 a 8 e 19 a 15 e 48 a O em quem aparecesse, eles não facilitavam.”
Leia Já podeis da pátria filhos na íntegra
Poesia
Os Lusíadas, de Camões
"As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte."
Leia Os Lusíadas na íntegra
A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós
“O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.No Alentejo, pela Estremadura, através das duas Beiras, densas sebes ondulando pôr e vale, muros altos de boa pedra, ribeiras, estradas, delimitavam os campos desta velha família agrícola que já entulhava o grão e plantava cepa em tempos de el-rei d.Dinis. A sua Quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo douro, cobriam uma serra. Entre o Tua e o Tinhela, pôr cinco fartas léguas, todo o torrão lhe pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga até ao mar de âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era em Paris, nos Campos Elísios, nº.202.”
Leia A Cidade e as Serras na íntegra
Contos
Já podeis da pátria filhos, de João Ubaldo Ribeiro
“Sabe-se que o estrangeiro, ao jogar futebol, ataca o balão de couro como se fosse inimigo. Há quem diga que o joelho empedrado é natural do gringo, variando uma besteirinha de acordo com a espécie. Isto devido à comida que eles comem, que e muito melhor do que a comida que o brasileiro come, com exceção de que o joelho fica empedrado. Porém a comida dá enormes sustanças e além disso eles usam foguetes e o raio leise. Ninguém me diga que a Hungria não usou o raio leise em cinqüenta e quatro, quando eles davam de 11 a 8 e 19 a 15 e 48 a O em quem aparecesse, eles não facilitavam.”
Leia Já podeis da pátria filhos na íntegra
Poesia
Os Lusíadas, de Camões
"As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte."
Leia Os Lusíadas na íntegra
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