AG Sued
Herança da NoiteSéfora Mandarina, São Paulo SP
Um incêndio provocaste em meu corpo
e hoje não acordo, perdida, esfacelada.
Meus pedaços se espalham,
como presentes em pacotes
distribuídos a bel-prazer.
Latejam meus membros nas nuvens etéreas.
Tento me recompor, não posso.
Sou um vaso estilhaçado,
um vazio.
Sobras de ontem:
coxas e vulva abertas,
servidas ao relento.
Uma única testemunha:
Gata em novo cio.
Um último veneno:
Taça de vinho tinto
absurdamente miscível
em teus suores derramados.
2 comentários:
Esse, sim, é o caminho do céu!
Rapaz! Q noite hein!
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