Foto: AG Sued
Quebras e DobrasLívio Oliveira, Natal RN
Quebra-se o gelo
entre nossas línguas.
O suor escorre
entre os corpos,
atritando-se, alongados,
em bulícios contínuos.
O desassossego de nossa pele
se multiplica e alimenta
o novo ritmo
da dança impudica.
Costas, nádegas,
fronte, peitos, púbis.
Falo,
entrementes,
entredentes,
entrepernas
que não se saciam.
Curvas se delineiam
a todo cedo instante
em que estréiam
e se estufam
inditosos objetos.
As musculaturas
se franzem,
encrespam-se,
e, no momento seguinte,
explodem,
criando uma flora estranha,
indecifrável,
que pulsa,
cumulando espumas
que banham
a hora que nasce.
Um comentário:
Eros dubão!
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