25 de outubro de 2007

As Leis da Família

CINEMA
Foto: Web


por Da Mata

“As Leis da Família”, em cartaz no Cinemark, em sessão única às 15 horas.

O Dr e professor Ariel Perelman (Daniel Hendler), é um renomado advogado que segue a carreira do pai, só que em área diferente. O pai atende clientes tanto no escritório, quanto no bar, pois as pessoas se comportam de maneira diferente dependendo do lugar. No direito, ou você trabalha pela verdade, ou faz qualquer coisa para ganhar uma ação. O pai de Perelman, um advogado criminalista, segue a segunda opção. O filho não tem a mesma desenvoltura do pai e leva uma vida sem muito tesão, até que encontra e se apaixona por uma aluna. A aluna deixa a escola para trabalhar numa clínica de “pilates”. Perelman vai fazer pilates para estar próximo da amada, com quem casa e tem um filho. Ele logo percebe que a família tem suas leis tão complicadas como o direito. Na escola, ao perguntar algo relacionado ao direito aos seus alunos, sempre conclui: “é complicado”.

“As leis da família” é um bom filme, com ótimos diálogos e atores. Um filme dirigido e interpretado por Daniel Burman (O abraço partido). Perelman não entende porque tem que participar da escola do filho com o tal “método suíço”. A cena com todos os pais e alunos na piscina é ótima. Perelman fica muito sozinho quando a mulher sai para o Perú com os alunos de pilates. Se não respirar morre, ensina a mulher. Quando consegue ficar sozinho com a mulher, ele prefere fazer amor nos aparelhos de ginástica onde sua mulher ensina os alunos a respirarem e ter boas posturas.

Um filme pedagógico e polticamente correto que não chega a encantar, mas faz pensar nas rígidas Leis da Família. Para Perelman a vida continua insegura. O que será que sua mulher vai achar quando souber que aquele caso foi seu pai quem resolveu? Será que depois que o pai morre, ele não vai continuar mais inseguro? A boa funcionária do pai vai trabalhar com ele. Ninguém sabe se vai conseguir se adaptar com o novo patrão e horário. É que a vida tem suas regras e o filme não é para responder.

O filme recebeu o prêmio Clarín de Melhor Roteiro e Atriz Coadjuvante (Adriana Aizemberg), além das premiações de público de Melhor Filme Ibero-Americano no 21º Festival de Cinema de Mar del Plata, dividido com o brasileiro “Cinema, Aspirinas e Urubus”.

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