25 de outubro de 2007

Carta aberta à Governadora Wilma de Faria

O Grande Ponto teve acesso a uma carta anônima que circulou na Fundação José Augusto, endereçada à governadora Wilma de Faria, com desabafos com relação a administração da FJA. O teor também está circulando na Internet. Por ter se tornando de domínio público e de conhecimento de todos, além de não conter nenhuma denúncia de crime, o Grande Ponto publica logo abaixo:
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Exma.Senhora Governadora,

Hoje, Dia do Funcionário Público, infelizmente não temos nada a comemorar.

Nós, funcionários de carreira da Fundação José Augusto, passamos por vários governos e em todos, em nome do crescimento da nossa instituição, sempre procuramos ajudar aos que aqui chegaram, pois, ao longo dos anos, aprendemos a amá-la e respeitá-la. Aqui, é parte do nosso lar, e onde nos formamos profissionalmente e também para a vida, difundindo a cultura e o conhecimento.

Sabemos do seu valoroso trabalho em prol da cultura do Estado, sem sombra de dúvidas o Governo que mais tem trabalhado pela cultura, tão esquecida em alguns governos.
De repente, nos deparamos com uma administração do PT.

A princípio, até gostamos da idéia, pois a sigla significa PARTIDO DOS TRABALHADORES. Ledo engano, companheiros: "suas idéias não correspondem aos fatos"!

A nossa Fundação se transformou num inferno. Vir ao trabalho, hoje, significa tristeza, insatisfação, falta de vontade. Essas pessoas que aqui estão em cargos diretivos, indicadas pelo PT, têm transformado nossos colegas em servidores sem qualquer valor.

Revoltados, profissionais com 20, 30 anos de Casa, pensam em pedir demissão em decorrência de pressões e humilhações sofridas. Transferem de setor, sem que nos seja dado o direito de optar. Impuseram um ponto eletrônico que só funciona para os funcionários da Casa e para os que têm cargos comissionados indicados pelo governo. Os "deles", raros são os que têm essa obrigação, inclusive a de comparecer ao expediente. Sem contar com as diárias de viagens, a troco de quê não se sabe. Culturalmente, muitas não se justificam.

Em nome dos funcionários desta Fundação, digo que admiramos muito o seu trabalho em defesa do desenvolvimento da cultura do nosso Estado e esperamos que, em breve, todo esse engano seja resolvido; esse pesadelo deixe as nossas vidas.

Essas pessoas trabalham com rancor e jamais serão como nós, que trabalhamos cultura com o carinho que a cultura merece: parece trazerem consigo os dramas da incompetência do próprio partido. O senhor que veio para ser o diretor geral, a qualquer platéia, em qualquer ambiente, não pára de fazer críticas abertas aos funcionários da Casa. Fala as coisas mais absurdas, faz intrigas, é indiscreto, mal educado, caluniador, falastrão. Fala, como se nós fôssemos os responsáveis pelo fracasso cultural de sua gestão, batizada pela crítica de arte como "agora-vai-não-foi": acusa-nos pelo seu fracasso; faz da cizânia arma para administrar interesses próprios, jogando servidor contra servidor.

Escrevo esta carta aberta de desabafo para pedir SOCORRO em nome de todos nós funcionários da Fundação José Augusto.

Não assino, porque temo a retaliação que, com certeza, se assinasse, viria: a truculência é outra característica bem deles.

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