27 de fevereiro de 2008

Potencial Turístico Sertanejo

Mercado Público de Caraúbas.
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Caraúbas tem um potencial turístico muito promissor e pouco explorado, pois é roteiro alternativo para aqueles aventureiros que querem descobrir as belezas dos sertões, fazendo eco-turismo. Na região, há uma intensa exploração do “turismo sertanejo”, como acontece em Martins e na Chapada do Apodi, com dezenas de agências levando, na sua maioria norte-riograndenses que querem descobrir o próprio Estado, praticando o “turismo interno”. Aqueles que governam Caraúbas devem despertar, imediatamente, para essa atividade tão lucrativa e promissora, ainda arrefecida por atitudes políticas tacanhas.
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Construído em 1929, o prédio da Estação Ferroviária transformou-se em uma Casa de Cultura com o apoio do Governo do Estado para ser utilizada no desenvolvimento da cultura local, onde os artistas podem mostrar a essência da arte popular caraubense. O Mercado Central, edificado em 1917, bem preservado e com uma intensa vida comercial, nos remete a um passado glorioso quando Caraúbas começou a ser vilarejo. Aos sábados, a tradicional feira em torno do Mercado atrai gente de todos os lados, movimentando a economia do município.
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Era na calçada do mercado que nasciam as idéias políticas entre os caraubenses mais ilustres, enquanto degustavam uma talagada de pinga na mercearia de Tiãozinho, que até hoje mantém seu comércio aberto. As casas do “Quadro”, conhecido espaço onde tradicionais famílias caraubenses moram, em frente à igreja de São Sebastião, as casas bem cuidadas do “Beco Velho” e os casarios da Praça Reinaldo Fernandes Pimenta, completam o conjunto arquitetônico secular da cidade.
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No Olho D’água do Milho, a 6 km do centro urbano, há um hotel em péssimas condições, em total abandono, onde antes já teve alguns serviços de hospedagens. A fonte termal, que lá existe e jorra permanentemente de um lençol localizado a 200 metros de profundidade, é límpida, incolor e não tem cheiro. Conforme uma placa de aviso no local, o banho nestas águas pode curar os males do corpo e da alma.
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Próximo ao Olho D’água do Milho, no meio da caatinga, há um sítio arqueológico com inscrições rupestres. Provavelmente, as escrituras foram deixadas pelos primeiros Paiacus, nação indígena que habitou esse berço de sertão, os quais deixaram suas impressões gravadas nas pedras de um serrote. Com 30 minutos de caminhada pelo sertão adentro, um morador do lugar pode levar o visitante até um local conhecido por “Pedras dos Índios”, onde podem ser apreciadas centenas de inscrições nas pedras.

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