13 de fevereiro de 2008

Um soneto de Gilmar Leite

O Ser Poeta

O poeta diz no verso o indizível,
Faz o belo surgir de qualquer canto;
Bota o riso no âmago do pranto,
E percebe o visível, no invisível.

É um ser, construído do sensível,
Pra mostrar os sentidos com encanto,
E fazer através do desencanto,
O possível, surgir do impossível.

Seu poder modifica a pedra em flor!
Faz o ódio morrer nas mãos do amor,
E se aflige, na dor dos oprimidos.

Ele enxerga, a aurora no crepúsculo,
Vê o grande oculto no minúsculo,
E é a voz dos que vivem esquecidos.

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