Foto: AG Sued
Belvedere
Lívio Oliveira, Natal RN
Deixa que ainda reste
de teu corpo
um pedaço, uma nua parte
para que o meu olhar passeie
e se encontre, no infinito,
com o sonho destituído
da memória.
-
Deixa que eu acorde sobre
o teu pálido umbigo oscilante
e me firme, cedo,
em tuas ancas,
desvelando o sentido
único
do encontro inusitado
na noite densa.
-
Deixa que tuas mãos
me destinem a melhor
carícia
e não seja a última
e que se possa,
definitivamente,
em dolce far niente,
entre teus seios,
entre teus lábios,
inaugurar meu dia.
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