José Rodrigues da Silva, proprietário da Fazenda Cachoeira, aliou-se aos irmãos João da Rocha e Lourenço da Rocha, novos donos de terras na localidade e deram início à fundação da povoação de Santa Rita da Cachoeira com uma capela em louvor a santa.
A escolha do novo local para a implantação do povoado foi feita porque na localidade de Cachoeira não havia água suficiente para suprir as necessidades de uma população. Logo em seguida, muitas casas surgiram, de forma alinhada, em torno da capela construída em homenagem a Santa Rita de Cássia, da qual José Rodrigues era devoto.
Com o passar dos anos, o povoado foi mudando de nome. Depois de Santa Rita da Cachoeira o distrito de o distrito de Santa Cruz da Ribeira do Trairi desmembrou-se do município de São José de Mipibu, em 11 de dezembro de 1876, tornando-se município do Rio Grande do Norte, com o nome de Santa Cruz.
Conforme o historiador Luís da Câmara Cascudo, há uma lenda que justifica a origem da vinculação Cruz aos nomes dados ao lugar, contada em diversas versões pelos cordelistas que espalham literatura pelo sertão, contando a história da cidade.
De acordo com Cascudo, no livro Nomes da Terra (Editora Sebo Vermelho, Natal RN 2002) um padre jesuíta, ouvindo falar que os habitantes sofriam as amarguras das secas, ataque de animais ferozes e ainda havia lutas e rivalidades entre os habitantes, resolveu visitar o povoado.
Chegando ao lugar, o padre jesuíta mandou fazer uma grande cruz com os ramos de uma árvore chamada inharé e fincou em cima do Monte Carmelo. Depois que o padre ergueu a cruz de Inharé, os malefícios cessaram, as fontes jorraram água e os animais tornaram-se mansos. Desde então, a terra ficou conhecida com o nome de Santa Cruz do Inharé.
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