26 de agosto de 2008

Um soneto de Gilmar Leite, São José do Egito PE

Desespero de um Poeta

Estraçalho os papeis a minha frente!
Faço calos nos dedos, sinto dor;
Deixo louco meu pobre computador
Na procura dum verso mais decente.

Com angústia, esfrego minha mente,
Pra arrancar algum verso com furor,
Mas encontro um vazio no interior
Onde a idéia se esconde no latente.

Olho ao lado, e só vejo os mil papéis,
E devido aos meus erros tão cruéis,
Trava o micro com um verso mal feito.

Enlouqueço, me levanto, fico andando,
Olho pra mim, e termino perguntado,
Onde a está o poeta do meu peito?

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