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Numa terra árida e pedregosa, onde a seca predomina a maior parte do ano, brota um roteiro cheio de aventuras e belezas naturais quase intactas, como se por muito tempo os olhos humanos fossem proibidos de apreciar. A majestosa Serra do Boqueirão é um convite para desbravar o desconhecido em busca de adrenalina, enquanto a beleza da região desponta diante de cada curva.
Para chegar ao topo da serra só mesmo num carro com tração nas quatro rodas ou em cima do lombo de um forte burro-mulo. A concentração para as últimas providências e orientações ocorre no pátio da Igreja São Sebastião. Para os desavisados, é indispensável o uso de protetor e bastante água na bagagem para enfrentar o sol abrasador.
Com as bênçãos do santo padroeiro, o grupo corre no encalço dos tabuleiros de mata cerrada, por onde os vaqueiros tangiam a manada de boi para a feira de Jardim do Seridó, no final do século XIII, e costumavam correr com seus cavalos nessa ampla estrada, competindo em parelhas, que num momento lúdico deu origem ao nome do município.
Depois de uma árdua subida através de uma trilha de pedras, enfrentando facheiros e xique-xiques, os aventureiros são recompensados com um dos mais belos visuais do Seridó. No alto da serra, é possível contemplar o açude Boqueirão em toda sua plenitude a perder de vista, um dos maiores reservatórios de água do Estado.
Na descida da serra, cruzando fazendas e propriedades rurais pelo sertão, a tropa descansa à beira do açude, aproveitando o banho nas suas águas frias, enquanto saboreia uma tilápia à moda sertaneja, pescada no próprio açude. No final do dia, o sol desce mansamente mostrando a perfeita silhueta do Boqueirão com a cidade de Parelhas no pé da serra.
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