29 de setembro de 2008

Un soneto de Antoniel Campos, Natal RN

Boca Diurna
por Antoniel Campos, in Poros e Cendais

" Art. 39: (...) § 5º Constituem crimes, (...): (...) II - (...) a (...) boca de urna;" (Lei Nº 9.504/97)

A todo e qualquer impedimento
eu hei de infringir durante o pleito.
Serei feito adesivo no seu peito,
não-nulo, nunca em branco ou abstento.

Eu quero, do que é crime, o agravamento:
showmício em carreata liquefeito,
inúmeros traslados no seu leito,
discursos para o nosso ajuntamento.

Você: meus votos válidos no Ibope.
Serei curva ascendente em seu galope,
beijando as suas coxas — minha urna.

Depois, favas contadas, dia 30,
eu quero que você inda me sinta
fazendo, em você, boca de urna.

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