28 de novembro de 2008

Um poema de Antoniel Campos, Natal RN

Palavras e revide

Que essa coisa que inútil se desloca
e tomada de inteiro se divide;
que é aqui, mas é noutra que se toca
e na réstia o reflexo coincide;
que é certeza no tanto que equivoca
e do equívoco mesmo se duvide;
que essa pedra que em ângulo se coloca
e na ponta a si mesmo dilapide,
seja a coisa que valha nada em troca
e em inaudita sentença se liquide,
letra morta que nada convalide
e a palavra que nada mais invoca,
seja a coisa parada que se choca
sem querer, sem desculpas, sem revide.

2 comentários:

Maria Maria disse...

Antoniel é mara!!!!! Beijos, amigo!

Anônimo disse...

gosto muito dos poemas desse autor....gostaria de fazer uma súplica...sou bolsista da UFRN e estou pesquisando poemas que falem sobre a cidade do Natal...alguém poderia me dar umas dicas de obras e autores? já estou com algum material, mas aidna busco coisas novas...