AG Sued
Discussões sobre "jornalismo literário brasileiro", com os jornalistas João Gabriel de Lima, Homero Fonseca e Moacir Amâncio, sob o comando do jornalista potiguar Alex de Souza.
A terceira edição do Encontro Natalense de Escritores (ENE) terminou no sábado, 29, com uma atmosfera de última vez, sem aquele gostinho de "quero mais". Nas palestras que aconteceram no pavilhão central da Praça Augusto Severo, na Ribeira, não empolgaram ninguém, nem mesmo a classe intelectualizada para qual o evento se destinava.
O destaque para o primeiro dia de ENE fica por conta da arrogância de Arnaldo Antunes, provando que é melhor cantor do que poeta. Depois da palestra, uma platéia numerosa e ávida pelas músicas que fizeram sucesso no passado teve que se contentar com as novas performances poéticas do ex-Titã.
Com quatro gatos pingados na audiência durante todas as palestras e debates, o momento relevante do segundo dia foi a Mesa Literária com discussões em torno do "jornalismo literário brasileiro", com os jornalistas e escritores João Gabriel de Lima, Homero Fonseca e Moacir Amâncio, sob o comando do jornalista Alex de Souza.
Alheio aos debates literários, o segundo dia do ENE também marcou o lançamento do livro da escritora e poeta Marize Castro. Na obra, a autora combina jornalismo e literatura em uma série de entrevistas com escritores potiguares famosos, projeto que culminou em seu livro "Além do Nome".
O III Encontro Natalense de Escritores terminou com uma platéia diminuta que viu subir ao palco o vencedor do Jabuti com o melhor romance deste ano, e do Prêmio Portugal Telecom de literatura em língua portuguesa, o romancista Cristóvão Tezza.
Para compor a mesa com Tezza, o professor da UFRN Humberto Hermegenildo conduziu a conversa sobre o fazer literário do autor. Tezza falou de sua trajetória como escritor, destrinchando o modo como escreveu o seu último e premiado romance "O filho eterno", em que o autor fala da experiência em ter um filho com síndrome de Down.
O Encontro Natalense de Escritores (ENE) encerrou de maneira pífia. Jornalistas, poetas e literatos são unânimes em afirmar que essa foi a última versão do evento, seja pelos desencontros de informações ou porque o ENE não empolgou aos natalenses, aos intelectuais e nem muito menos ao público presente.
2 comentários:
Uma verdade incontestavel.
O evento deveria ter chamado muito mais a atenção, não sei o porque deste fracasso.
Na verdade observo nesses eventos uma certa exclusão dos artistas locais.....chega da musica dos outros!
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