Fotos AG Sued
Poeta Caio César Muniz, editor-assistente da Coleção Mossoroense, em meio ao acervo da Fundação Vingt-un.
O papa da literatura mossoroense, Vingt-un Rosado, deve está se remexendo em seu sepulcro por causa do descaso dos conterrâneos com seus livros. Mais de 100 mil exemplares da “Coleção Mossoroense” estão amontoados em vários cômodos do anexo da Fundação Vingt-un Rosado se degradando, como num cemitério literário luxuoso, onde não há a mínima condição de preservação das obras.
Conforme o poeta Caio César Muniz, editor-assistente da Coleção Mossoroense, todo o acervo estava empilhado dentro de um galpão da UFRSA (Universidade Federal Rural do Semi Árido) desde a década de 80, sob a responsabilidade da Fundação Guimarães Duque, entidade pertencente à UFRSA em Mossoró, quando Caio Muniz resolveu trazê-los para o anexo da Fundação “antes que se acabacem”.
Os milhares de livros que estavam abandonados são fruto de oito anos de produção, editados quando Vingt-un Rosado era diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam), hoje Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Para Caio César Muniz, os livros integram a parte mais importante da Coleção Mossoroense. “São livros que falam das secas, da zootecnia, do petróleo, etc. Exemplares científicos do período mais importante da Coleção Mossoroense”, ressalta.
Porém, o espaço atual é pequeno para tantos livros, não oferecendo as condições necessárias para evitar a deterioração de milhares de títulos espalhados pelo chão ou em prateleiras abarrotadas até o teto. O poeta acredita que a melhor maneira de ampliar as instalações do anexo é buscando parcerias com empresas comprometidas com a cultura mossoroense e também com a Prefeitura de Mossoró, que tem obrigação moral para preservar todo o conjunto intelectual de Jerônimo Vingt-un Rosado Maia.
Embora a Fundação Vingt-un Rosado tenha firmado convênio com a Petrobras e o Banco do Nordeste, não há dinheiro para a ampliação do anexo. Pela Petrobras, o projeto “Rota Batida” vai custear a publicação de 10 obras esgotadas no acervo da editora, além de promover um grande concurso literário, aberto para todo o Rio Grande do Norte, onde dez autores de quatro segmentos literários (poesia, conto, crônica e romance) terão oportunidade de concorrer a publicação.
Outro convênio é com o Banco do Nordeste para a feitura do Acervo Virtual Oswaldo Lamartine de Faria, que pretende resgatar grande parte das obras da Coleção Mossoroense destinadas aos estudos sobre a seca e o Nordeste brasileiro. Nesta primeira fase, o projeto selecionou 30 obras para serem digitalizadas e serão disponibilizadas no site da editora (http://www.colecaomossoroense.org.br/). “Com esses convênios, o pessoal pensa que estamos nadando em dinheiro”, destaca.
Muniz observa que o maior problema dessa pândega literária, que se transformou o acervo da Fundação Vingt-un Rosado, é não poder fornecer informações suficientes para os pesquisadores, historiadores e estudantes que procuram a entidade em busca dos livros com informações sobre a história de Mossoró e do Rio Grande do Norte. “Eu sei que os títulos existem, mas não há como procurar por uma determinada edição porque os livros estão empilhados”, revela.
Conforme o poeta Caio César Muniz, editor-assistente da Coleção Mossoroense, todo o acervo estava empilhado dentro de um galpão da UFRSA (Universidade Federal Rural do Semi Árido) desde a década de 80, sob a responsabilidade da Fundação Guimarães Duque, entidade pertencente à UFRSA em Mossoró, quando Caio Muniz resolveu trazê-los para o anexo da Fundação “antes que se acabacem”.
Os milhares de livros que estavam abandonados são fruto de oito anos de produção, editados quando Vingt-un Rosado era diretor da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam), hoje Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Para Caio César Muniz, os livros integram a parte mais importante da Coleção Mossoroense. “São livros que falam das secas, da zootecnia, do petróleo, etc. Exemplares científicos do período mais importante da Coleção Mossoroense”, ressalta.
Porém, o espaço atual é pequeno para tantos livros, não oferecendo as condições necessárias para evitar a deterioração de milhares de títulos espalhados pelo chão ou em prateleiras abarrotadas até o teto. O poeta acredita que a melhor maneira de ampliar as instalações do anexo é buscando parcerias com empresas comprometidas com a cultura mossoroense e também com a Prefeitura de Mossoró, que tem obrigação moral para preservar todo o conjunto intelectual de Jerônimo Vingt-un Rosado Maia.
Embora a Fundação Vingt-un Rosado tenha firmado convênio com a Petrobras e o Banco do Nordeste, não há dinheiro para a ampliação do anexo. Pela Petrobras, o projeto “Rota Batida” vai custear a publicação de 10 obras esgotadas no acervo da editora, além de promover um grande concurso literário, aberto para todo o Rio Grande do Norte, onde dez autores de quatro segmentos literários (poesia, conto, crônica e romance) terão oportunidade de concorrer a publicação.
Outro convênio é com o Banco do Nordeste para a feitura do Acervo Virtual Oswaldo Lamartine de Faria, que pretende resgatar grande parte das obras da Coleção Mossoroense destinadas aos estudos sobre a seca e o Nordeste brasileiro. Nesta primeira fase, o projeto selecionou 30 obras para serem digitalizadas e serão disponibilizadas no site da editora (http://www.colecaomossoroense.org.br/). “Com esses convênios, o pessoal pensa que estamos nadando em dinheiro”, destaca.
Muniz observa que o maior problema dessa pândega literária, que se transformou o acervo da Fundação Vingt-un Rosado, é não poder fornecer informações suficientes para os pesquisadores, historiadores e estudantes que procuram a entidade em busca dos livros com informações sobre a história de Mossoró e do Rio Grande do Norte. “Eu sei que os títulos existem, mas não há como procurar por uma determinada edição porque os livros estão empilhados”, revela.
-
Um memorial para Vingt-un
Com 4450 títulos publicados, a Coleção Mossoroense é a maior editora brasileira em atividade em território nacional. Em seu tempo de grande editor, Vingt-un não media esforços para publicar livros de autores diversos, de todo o Estado. Há relatos que ele chegava a fazer empréstimos aos agiotas para editar os títulos.
Três anos após o falecimento do Feiticeiro da Letras, a Fundação não dispõe de verbas para viabilizar o Memorial Vingt un Rosado, “muito menos para fazer o que o doutor Vingt-un fazia”, reforça Muniz.
Os editores da Fundação Vingt-un Rosado estão buscando parcerias para salvar parte da história da literatura mossoroense. Segundo Caio Muniz, o ideal seria fazer uma grande reforma no anexo da Fundação, ampliando o espaço.
“Nosso sonho é construir o Memorial Vingt-un Rosado onde abrigará o acervo da Coleção Mossoroense, uma grande biblioteca aberta para pesquisa e um espaço para lançamento de livros, além do parque gráfico da Fundação”, disse.
As memórias mossoroenses se confundem com a história de Vingt un. Caio Muniz ressalta que essas reminiscências estão espalhadas pela cidade. São centenas de certificados, homenagens recebidas pelo Brasil inteiro, medalhas de honra ao mérito, títulos de doutor ‘Honoris Causa’ em várias universidades brasileiras, documentos antigos, milhares de fotografias, livros raros, etc.
Atualmente, há vários estudantes do curso de História da UERN (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte) catalogando e organizando o acervo pessoal de Vingt-un, num trabalho voluntário dentro da Fundação. “Esse é um trabalho minucioso de pesquisa onde pode revelar vários acontecimentos na vida de Vingt-un que ainda não conhecemos”
A maior parte do acervo histórico de Vingt un está na sua antiga residência, onde funciona a Fundação. Mas, há muito material em casas de familiares, de amigos e em lugares públicos de Mossoró. Muniz chama a atenção do poder público ou da iniciativa privadas para firmar parceria para construir o Memorial.
“Precisamos juntar todo esse material num lugar só para que as pessoas possam pesquisar ou fazer um passeio pela história de Vingt un, um dos maiores nomes da literatura potiguar”, enfatizou.
Com 4450 títulos publicados, a Coleção Mossoroense é a maior editora brasileira em atividade em território nacional. Em seu tempo de grande editor, Vingt-un não media esforços para publicar livros de autores diversos, de todo o Estado. Há relatos que ele chegava a fazer empréstimos aos agiotas para editar os títulos.
Três anos após o falecimento do Feiticeiro da Letras, a Fundação não dispõe de verbas para viabilizar o Memorial Vingt un Rosado, “muito menos para fazer o que o doutor Vingt-un fazia”, reforça Muniz.
Os editores da Fundação Vingt-un Rosado estão buscando parcerias para salvar parte da história da literatura mossoroense. Segundo Caio Muniz, o ideal seria fazer uma grande reforma no anexo da Fundação, ampliando o espaço.
“Nosso sonho é construir o Memorial Vingt-un Rosado onde abrigará o acervo da Coleção Mossoroense, uma grande biblioteca aberta para pesquisa e um espaço para lançamento de livros, além do parque gráfico da Fundação”, disse.
As memórias mossoroenses se confundem com a história de Vingt un. Caio Muniz ressalta que essas reminiscências estão espalhadas pela cidade. São centenas de certificados, homenagens recebidas pelo Brasil inteiro, medalhas de honra ao mérito, títulos de doutor ‘Honoris Causa’ em várias universidades brasileiras, documentos antigos, milhares de fotografias, livros raros, etc.
Atualmente, há vários estudantes do curso de História da UERN (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte) catalogando e organizando o acervo pessoal de Vingt-un, num trabalho voluntário dentro da Fundação. “Esse é um trabalho minucioso de pesquisa onde pode revelar vários acontecimentos na vida de Vingt-un que ainda não conhecemos”
A maior parte do acervo histórico de Vingt un está na sua antiga residência, onde funciona a Fundação. Mas, há muito material em casas de familiares, de amigos e em lugares públicos de Mossoró. Muniz chama a atenção do poder público ou da iniciativa privadas para firmar parceria para construir o Memorial.
“Precisamos juntar todo esse material num lugar só para que as pessoas possam pesquisar ou fazer um passeio pela história de Vingt un, um dos maiores nomes da literatura potiguar”, enfatizou.
Um comentário:
Tem um conterrâneo do nobre editor falecido, que tbm gere uma nobre fundação cultural do estado que bem poderia ajudar.
Postar um comentário