29 de abril de 2009

Sarau da Aliança Francesa de Natal - Edição 2009

AG Sued
Nei Leandro será o homenageado dessa quinta-feira, na Aliança Francesa
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Nesta quinta-feira, 30 de abril, às 19h, acontecerá a abertura da edição 2009 do Sarau da Aliança Francesa de Natal. O sarau será em homenagem ao escritor potiguar Nei Leandro de Castro e ao escritor francês Paul Marie Verlaine . O sarau também marcará a abertura do ano França-Brasil em Natal.

A segunda edição do Sarau da Aliança Francesa de Natal seguirá os mesmos moldes da primeira edição em 2007 onde foram homenageados artistas locais como Dorian Gray Caldas, Lívio Oliveira, Eduardo Alexandre, Leonardo Sodré, Cristina Tinôco, Zé Martins, dentre outros.

Além da homenagem ao escritor potiguar, acontecerá o lançamento do CD Cineclube do poeta Lívio Oliveira e do cantor e compositor Babal. O sarau terá como mestre de cerimônia o ator Rodrigo Bico

Sobre Nei Leandro de Castro
Nei Leandro nasceu em 1940 na cidade de Caicó, interior do Rio Grande do Norte. Residiu em Natal dos 5 aos 28 anos e, a partir de 1968, passou a morar no Rio de Janeiro trabalhando como redator e diretor de criação nas principais agências de propaganda. Foi colaborador d’O Pasquim e escreveu resenhas literárias para o jornal O Globo e para o Jornal do Brasil.

Publicou os livros de poesia: O pastor e a flauta (1961), Voz Geral (1964), Romance da cidade de Natal (1975, reeditado em 2004), Feira Livre (1975), Zona erógena (1981), 50 sonetos de forno e fogão (1982, de parceria com Celso Japiassu), Musa de verão (1984), Era uma vez Eros (1993), Diário íntimo da palavra (2000) e Autobiografia (2008).

Os seus romances foram: O dia das moscas (1983), As pelejas de Ojuara (1986, reeditado em 1991, 2002 e 2006 e adaptado para o cinema), Dunas vermelhas (2003). Publicou em 1970 um livro sobre a linguagem de João Guimarães Rosa, Universo e vocabulário do Grande Sertão com reedição em 1982.

Sobre Paul Marie Verlaine
Nascido em Metz, no dia 30 de Março de 1844, foi educado no Liceu Bonaparte (atual Liceu Condorcet) em Paris. Trabalhou como funcionário público e começou a escrever poesia cedo. Foi inicialmente influenciado pelo parnasianismo e seu líder, Charles Leconte de Lisle. A primeira obra publicada de Verlaine, Poèmes saturniens (1866), o estabeleceu como um poeta de originalidade e futuro promissor.

Em agosto de 1871 e, em setembro, Verlaine recebeu a primeira carta do poeta Arthur Rimbaud. A tempestuosa relação de amizade de Rimbaud e Verlaine os levou a Londres, em 1872. Em julho de 1872 em uma crise de desespero Verlaine disparou dois tiros com uma pistola em Rimbaud, atingindo seu pulso, mas sem causar-lhe sérios danos. Verlaine foi preso e encarcerado em Mons, onde ele experimentou uma conversão à Igreja Católica, o que novamente influenciou suas obras e provocou críticas afiadas de Rimbaud.

"Romances sans paroles" foi o resultado poético deste período. Depois de sair da prisão, Verlaine viajou novamente à Inglaterra, onde trabalhou por alguns anos como professor e produziu outra obra de sucesso, Sagesse. Ele voltou à França em 1877 e, enquanto ensinava Inglês em uma escola em Rethel, apaixonou-se por um de seus alunos, Lucien Létinois, que foi quem o inspirou a escrever seus próximos poemas. Verlaine ficou devastado quando o garoto morreu de tifo em 1883.

Os últimos anos de Verlaine testemunharam dependência de drogas, alcoolismo e pobreza. Ele viveu em bairros pobres e hospitais públicos, e passava seus dias bebendo absinto em cafés parisienses. Por sorte, o amor à arte dos franceses foi capaz de dar-lhe apoio e alguma ajuda financeira: suas poesias antigas foram redescobertas, seu estilo de vida e estranho comportamento em frente a platéias atraíram admiração, e em 1894 ele foi eleito "Príncipe dos Poetas" da França.

Sua poesia foi admirada e reconhecida como inovadora, servindo de fonte de inspiração para famosos compositores, como Gabriel Fauré, que transformou vários de seus poemas em músicas. Paul Verlaine morreu em Paris com 51 anos de idade, em 8 de janeiro de 1896, e foi enterrado no Cimetière des Batignolles. (Fonte: Wikipédia)

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