6 de abril de 2009

Um poema erótico de Bob Motta, Natal RN

As coisas que você me diz

Tu diz tanta coisa linda,
quando nóis tá chamegando,
qui eu inté vô me assanhando,
cum o tezão qui tenho, ainda.
A jornada num tá finda,
chamegá me faiz feliz.
Vô morrê sendo aprindiz,
do qui se faiz numa cama,
e a mim, o qui mais inframa,
é ais coisa qui tu me diz.

Você diz, minha rainha,
qui tôda vêiz qui eu lhe bêjo,
sobe um fríi na sua ispinha,
e um arrupêio de desêjo.
Seus pêlo fica iriçado,
uis seus póro incaroçado,
cum a drumença do tezão;
qui quando eu tô te lambendo,
tu se mija, se tremendo,
cum o toque dais minhas mão.

Você diz qui se deleita,
cum o inxirimento qui eu faço.
Qui fica só na butuca,
isperando o meu abraço.
Qui adora eu sê inxirido,
decramando in seu uvido,
e qui goza de repente;
quando eu, cum munto zêlo,
lambo e incoloco in seus pêlo,
uis bêjo mais indecente.

Qui gosta dais minhas mão,
no seu côipo, dirlizando,
quando eu passo o sabunête,
quando bãe, tu tá tumando.
Quando ali mêrmo, no bãe,
antes qui você se acanhe,
um amô séivage, nóis faiz;
e eu lhe pego insabuada,
lhe dando uma madêrada,
pura frente ô pru detráis.

Qui cada vêiz qui eu dirlizo,
minha língua in sua fenda,
lhe transporto ao Paraíso,
numa viagem istupenda.
Quando nóis tá se agarrando,
nossos côipo se roçando,
trocando uis nosso calô;
tu se sente ixtenuada,
totaimente saciada,
quage morrendo de amô...

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