16 de julho de 2009

Comparando os prêmios para a Literatura Mineira com os prêmios oferecidos à Literatura Potiguar

Pelo conjunto da sua obra, o escritor Luiz Fernando Veríssimo recebeu o Prêmio Minas Gerais de Literatura.

Enquanto o Governo do Estado do RN, através da Fundação José Augusto, e a Prefeitura de Natal, via Capitania das Artes, ainda estão capengando no que diz respeito aos incentivos a “literatura potiguar”, com editais e prêmios literários, o Governo de Minas Gerais andou distribuindo mais de 200 mil Reais em prêmio para escritores de todo o País.

Não meu caro leitor, você não leu errado. São R$ 212 mil para 4 categorias num concurso de literatura. Pois bem. O “Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura” recebeu cerca de 900 inscrições provenientes de diversos estados do Brasil.

Luis Fernando Veríssimo recebeu, na Academia Mineira de Letras, o “Prêmio Minas Gerais de Literatura” pelo conjunto de sua obra. Com mais de 60 livros publicados, Veríssimo é reconhecido por seu olhar humorado e sagaz voltado ao cotidiano e às relações humanas.

O filósofo mineiro Reni Andrade, recebeu por seu romance “Lugar” o prêmio disputado por outros 160 inscritos na categoria Ficção. Já na categoria Poesia, a mais concorrida, com 674 trabalhos, quem venceu foi o cearense Eduardo Jorge de Oliveira, pelo título “A língua do homem sem braço”. Com 24 anos, a estudante de Letras na UFMG, Maria Zilda Santos Freitas, teve seu romance ainda não publicado, “Insetos”, contemplado na categoria Jovem Escritor Mineiro.

O leitor pode até lembrar que existe o prêmio “Camara Cascudo” para a prosa potiguar, ou o prêmio de poesia “Luis Carlos Guimarães”, patrocinados pelo Governo do RN. De lambuja, os natalenses ainda se contentam com o prêmio “Othoniel Meneses” para a poesia, realizado através da Capitania das Artes. E para a felicidade geral da nação potiguar, ainda tem o prêmio “Zila Mamede” de poesia, realizado pelo Jornal Potiguar Notícias.

Cada concurso desses, seja de prosa ou poesia, dão prêmios em dinheiros que chegam, no máximo, a 2 mil Reais. Uma mixaria franciscana! E o mais grave é que o Poder Publico não edita os livros dos vencedores. O que mais se ver nas rodas literárias é poetas e escritores premiados sem livros e com os seus escritos ainda inéditos.
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Realmente não se pode comparar os incentivos dado à Literatura Mineira com os recursos filantrópicos oferecidos à Literatura Potiguar pelo Poder Público, através dos caciques e chefes da taba dos guerreiros Potiguares.

Siga os endereços para que sirvam de exemplos:

Blog do Governo de Minas Gerais: http://blog.mg.gov.br/
Informações sobre as iniciativas de fomento e incentivo à cultura no estado de Minas Gerais: http://www.cultura.mg.gov.br/

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