Credo panteísta
in Caminhos Sonoros, editora Pongetti, Rio de Janeiro RJ, 1941.
Creio em ti, Natureza, que és meu culto.
Creio, sem ritos místicos e altares.
No resplendor pleorâmico dos mares,
Onde assoma a grandeza do teu vulto.
Creio na tua força, e pasmo, e exulto,
Vendo, através de lentos avatares,
A gradação das formas singulares,
Até à maravilha do homem culto.
Creio em tuas florestas, nos teus montes,
Na poesia dos rios e das fontes,
Na beleza da terra reflorida.
Creio nas lindas noites estreladas,
No refúgio das brancas alvoradas,
Na sinfonia universal da vida.
Um comentário:
Soneto para levitação. Lindinho!
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