29 de outubro de 2009

Civone, a sagrada

Alex Gurgel
Em 2007, Durante o Encontro Natalense de Escritores (ENE), Civone usou seu corpo como um "livro vivo" para expressar sua arte.

Confesso que sempre tive uma grande atração pela arte de Civone, pela maneira que ela usa a poesia para se expressar e pelo jeito performática que ela expande sua mensagem, seja num galpão escuro, no Palácio do Governo ou no salão de Nalva Café. Hoje é um desses dias destinados para ver Civone mostrar sua arte no lançamento do seu livro “Escrituras Sangradas - Toscas Fatias de Escrevinhaduras”.

Em entrevista à imprensa natalense, Civone garante que vai ser um encontro com recital de poesia, exposição de fotografias, performances e um show, além dos inevitáveis encontros casuais e reencontros de quem não se vê há tempos. Civone ainda acrescenta: “será uma noite de intervenções urbanas e humanas”.

O poeta Bianor Paulino descreve Civone: “A composição poética de Civone se estabelece nas relações corpo/mundo, onde se perpassa uma poética truncada e pontilhada sob o eu-poético fragmentado e sussurrante. Poética de cunho pagão, sugada e sangrada do habitante humano, aprendida e elaborada nas experiências vivenciais, tendo o corpo como foco modelador”.

O lançamento começa a partir das 18h, no Nalva Café, na Ribeira, com participação de feras da música e da cena performática natalense como Luiz Gadelha, Múcia Teixeira, Rosane Félix & Coletivo AME, Wescley Cunha, Jota Mombaça & Companhia Ltda, Allan Talma & Janaína Spineli, João Alexandre & Rodrigo Silbat, além de Simona Talma com "Jazz Walk" em Ensaio Aberto.

Aviso que ninguém paga para entrar no salão e curtir as performances de Civone, a sagrada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lembra personagem do livro Budapeste de Chico Buarque, embora, ali, é o poeta que só consegue escrever em um corpo feminino com o qual se identifique. No meu torpe entender, constitui-se, ali, uma metáfora típica do trabalho de Chico. Valeu, Alex, um abraço,

Thyrone.