Os ppoetas paraibanos Bráulio Tavares e Astier Basílio num desafio para comemorar os 40 anos de Woodstock.
MOTE
Só não fiz dar a bunda, mas o resto
eu assumo que fiz em Woodstock.
BRAULIO:
Eu peguei uma californiana
na barraca que era a Sala Vip
nesse tempo ninguém temia a gripe
e eu beijei sua boca uma semana...
A galega provou da durindana,
em seu corpo fiz rock-around-the-clock,
a chupei do Chuí ao Oiapoque
mas não conto quem foi, pois sou modesto...
Só não fiz dar a bunda, mas o resto
eu assumo que fiz em Woodstock.
ASTIER
Joe Coker chegou e disse "acende,
esse beque pra mim", eu acendi.
"Tô nervoso", falou. Eu disse "e aí?",
Coker, então, me pediu, "como se aprende
a cantar 'little help from my friends?',
Eu zerei minhas manhas do estoque.
Ver meus passos nos pés daquele escroque
até hoje pra mim é indigesto.
Só não fiz dar a bunda, mas o resto
eu assumo que fiz em Woodstock.
BRAULIO:
Uma gringa pagou-me nota preta
pra comê-la no estilo brasileiro
mas então vi The Who no picadeiro
rebolando e fazendo pirueta.
Me esqueci de comer sua buceta
fui fumar e dar baixa no estoque,
mas depois lhe falei, take my cock,
vou comer pra mostrar que sou honesto...
Só não fiz dar a bunda, mas o resto
eu assumo que fiz em Woodstock.
ASTIER:
No momento que o Credence rogava
uma praga com "I put spell on you"
Um demônio baixou, meu pau subiu
e a paisagem de Bosch se instalava
para o palco o meu catimbó voava
De minha mão até se arrancou chamboque
pois com a poica emprestada de Biu Roque
fiz um maracatu muito funesto
Só não fiz dar a bunda, mas o resto
eu assumo que fiz em Woodstock.
Nenhum comentário:
Postar um comentário