20 de outubro de 2009

Um poema de Pedro Augusto, Acari RN

Injusta Faceta
in http://seridopintadocompalavras.blogspot.com/

Como um rasgo de espora
Quando roda a roseta
Numa injusta faceta
Minha impaciência aflora
A realidade arvora
No pacato cidadão
Grande indignação
Vendo uma errante milícia
Encurralando a polícia
Sem nenhuma apreensão

Temendo a repercussão
Que haverá na imprensa
E a crítica intensa
Contra a corporação
Não se esboça reação
Que possa dar um sinal
Firme e proporcional
Sem dó e nem piedade
Contra a marginalidade
E o poder colateral

Se um nobre policial
Cumprindo a sua missão
Encosta um dedo da mão
No couro de um marginal
Causando-lhe qualquer mal
Ou o mais sutil dos danos
Logo, os Direitos Humanos
Na sua investidura
Denuncia a criatura
Tutelando o tirano

Queria que o franciscano
Que tem por ocupação
Dar proteção a ladrão
Acoitando o fulano
Como bom samaritano
Fizesse a mesma vigília
Visitando a família
Do pobre policial
Que foi vítima fatal
De uma nefasta quadrilha

Toda a força que pilha
O poder da autoridade
Alimenta a impunidade
Fortalecendo a guerrilha
Provocando o caos, fervilha
Põe fim a ordem, arrasa
A sociedade, atrasa
O pavor a faz refém
E muitos entes de bem
Se encarceram em casa

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