11 de julho de 2010

Um soneto de Antoniel Campos, Pau dos Ferros RN

Língua em Riste

De súbito, beijei por sobre a renda,
num beijo demorado, qual mamasse.
Meu gosto quis deixar por oferenda
e o teu levar na boca e em toda a face.

Fastei com a minha língua aquela venda
(ao queixo encarreguei que segurasse),
bebi o quanto pude aquela prenda,
sem ver que tal beber dessedentasse.

E em riste, a rósea língua à rubra fenda
cingi ao pompoar — raro entrelace —
da sístole e diástole da senda.

E enquanto a coxa e a nuca em mesmo enlace,
teus gestos, em silêncio, mais desvenda
o sim que nunca ouvi, tamanha a classe.

Um comentário:

Anônimo disse...

MASSA!! É assim que, coloquialmente, falamos aqui por estas bandas quando achamos, vemos, encontramos algo, ou aluma coisa que nos deixa alegre, feliz, contente, satisfeito; algo que nos agrada muito. Sem deixar de lado, também, o nosso instinto, é asim também quando nossa libido é deseprta ante a visão de um outro ser, que nos acende a vontade de procriar, de deitar, de se aconchegar...Massa! É assim que eu me alegro em saudar este soneto! Quase perfeito; quase porque eu digo que guardaria a perfeição para a consecução do ato. Parabéns ao blog, pela descoberta, e ao autor do poema.

MANOEL NAZARENO DA SILVA
(mns40@bol.com.br)
Macau