Por Leide Câmara
Pela passagem dos “50 anos da Bossa Nova”, quis trazer, à memória, a obra de Hianto de Almeida – o potiguar da Bossa Nova. Com este livro, visualizaremos sua trajetória como um dos precursores da Bossa Nova e compositor com destaque no cenário nacional. Ao fazer uma pesquisa minuciosa sobre seus parceiros musicais e os cantores que interpretaram suas canções, fiquei emocionada em diversos momentos, a cada novo dado descoberto.
Em 2001, publiquei o “Dicionário da Música do Rio Grande do Norte” e cataloguei, no Acervo da Música Potiguar – AMP, sua obra, à época, vasta, porém incompleta. Hoje ela está finalizada. Tive acesso aos seus familiares, consultei Revistas do Rádio, matérias de jornais, discos, livros sobre a música dos mais renomados escritores, sites de músicas e meu próprio acervo. São diversos gêneros: marchas, fox, fox-trot, beguine, samba-consagração, valsa, bolero, baião, rojão, samba-cantiga, toada-rojão, rancheira, batucada e choros. Fez parceria com o potiguar Sebastião Barros (K-Ximbinho), mas os gêneros que marcaram a sua carreira foram o samba e o samba-canção, este foi seu caminho na Bossa Nova, em razão da inovadora maneira como fazia suas músicas na década de 1950.
Hianto foi um batalhador e o maior divulgador de suas músicas. Fez de seu tempo uma caminhada incansável ao mapear, distribuir e arrecadar as vendagens dos discos nas lojas do ramo. Correu contra o tempo, parecia saber que o destino lhe reservara uma vida breve e que precisava realizar seu grande sonho de conquistar seu espaço no cenário nacional, assim como seu conterrâneo de Macau, Nozinho
(Carlos Vasquez), que, nos anos 1900, deixou sua produção para a história da música brasileira. Hianto tinha uma facilidade incrível para compor, foi um obstinado no ato de produzir. Até mesmo em seu leito, consumido pelo câncer e pela dor, não deixou de compor. Gravou, com auxílio de um gravador de rolo (uma fita) que entregou nas mãos de sua amada Fabíola, suas últimas inspirações
e o desejo de futuras gravações. Viveu apenas 40 anos, sua passagem foi curta, porém produziu uma obra expressiva para quem teve, praticamente, 15 anos de vida artística. São 237 composições: 81 gravações em discos de 78 rotações, 7 discos de 10 polegadas, 7 compactos, 89 LPs e 23 CDs. As suas composições foram gravadas por músicos consagrados nacionalmente.
Existem músicas masterizadas e gravadas, cujos álbuns não conseguimos localizar, principalmente as gravações fora do Brasil.
Constatei que a Rádio Nacional tem catalogadas, em seu acervo, muitas das partituras das músicas de Hianto, as quais fi zeram parte da programação da rádio.
Entre os seus maiores parceiros estão Francisco Anísio (Chico Aníso), Macedo Netto, Octávio Texeira e Jurandi Prantes.
Hianto Ramalho de Almeida Rodrigues morreu em 27 de setembro de 1964, deixando um legado muito precioso para o Rio Grande do Norte, que vocês apreciarão ao longo do livro, que não é uma biografi a, apenas uma cronologia de sua trajetória. Este foi o modelo que elegi para abordar, com detalhes e plasticamente, a riqueza de sua obra.
Eis aqui a obra, a Bossa Nova de Hianto de Almeida.
Não morremos quando alguém realiza nossos sonhos.
Pela passagem dos “50 anos da Bossa Nova”, quis trazer, à memória, a obra de Hianto de Almeida – o potiguar da Bossa Nova. Com este livro, visualizaremos sua trajetória como um dos precursores da Bossa Nova e compositor com destaque no cenário nacional. Ao fazer uma pesquisa minuciosa sobre seus parceiros musicais e os cantores que interpretaram suas canções, fiquei emocionada em diversos momentos, a cada novo dado descoberto.
Em 2001, publiquei o “Dicionário da Música do Rio Grande do Norte” e cataloguei, no Acervo da Música Potiguar – AMP, sua obra, à época, vasta, porém incompleta. Hoje ela está finalizada. Tive acesso aos seus familiares, consultei Revistas do Rádio, matérias de jornais, discos, livros sobre a música dos mais renomados escritores, sites de músicas e meu próprio acervo. São diversos gêneros: marchas, fox, fox-trot, beguine, samba-consagração, valsa, bolero, baião, rojão, samba-cantiga, toada-rojão, rancheira, batucada e choros. Fez parceria com o potiguar Sebastião Barros (K-Ximbinho), mas os gêneros que marcaram a sua carreira foram o samba e o samba-canção, este foi seu caminho na Bossa Nova, em razão da inovadora maneira como fazia suas músicas na década de 1950.
Hianto foi um batalhador e o maior divulgador de suas músicas. Fez de seu tempo uma caminhada incansável ao mapear, distribuir e arrecadar as vendagens dos discos nas lojas do ramo. Correu contra o tempo, parecia saber que o destino lhe reservara uma vida breve e que precisava realizar seu grande sonho de conquistar seu espaço no cenário nacional, assim como seu conterrâneo de Macau, Nozinho
(Carlos Vasquez), que, nos anos 1900, deixou sua produção para a história da música brasileira. Hianto tinha uma facilidade incrível para compor, foi um obstinado no ato de produzir. Até mesmo em seu leito, consumido pelo câncer e pela dor, não deixou de compor. Gravou, com auxílio de um gravador de rolo (uma fita) que entregou nas mãos de sua amada Fabíola, suas últimas inspirações
e o desejo de futuras gravações. Viveu apenas 40 anos, sua passagem foi curta, porém produziu uma obra expressiva para quem teve, praticamente, 15 anos de vida artística. São 237 composições: 81 gravações em discos de 78 rotações, 7 discos de 10 polegadas, 7 compactos, 89 LPs e 23 CDs. As suas composições foram gravadas por músicos consagrados nacionalmente.
Existem músicas masterizadas e gravadas, cujos álbuns não conseguimos localizar, principalmente as gravações fora do Brasil.
Constatei que a Rádio Nacional tem catalogadas, em seu acervo, muitas das partituras das músicas de Hianto, as quais fi zeram parte da programação da rádio.
Entre os seus maiores parceiros estão Francisco Anísio (Chico Aníso), Macedo Netto, Octávio Texeira e Jurandi Prantes.
Hianto Ramalho de Almeida Rodrigues morreu em 27 de setembro de 1964, deixando um legado muito precioso para o Rio Grande do Norte, que vocês apreciarão ao longo do livro, que não é uma biografi a, apenas uma cronologia de sua trajetória. Este foi o modelo que elegi para abordar, com detalhes e plasticamente, a riqueza de sua obra.
Eis aqui a obra, a Bossa Nova de Hianto de Almeida.
Não morremos quando alguém realiza nossos sonhos.
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