24 de dezembro de 2010

O "Cumunista"

CRÔNICA

Esse texto foi chegou à redação do Grande Ponto enviado pelo intelectual mossoroense Rogério Dias. Ele garante que é verídico e foi ocorrido nos Cariris Velhos-PB.
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Assim que a revolução triunfou, chegou à pacata cidade de Junco do Seridó o seguinte telegrama, enviado pelo general vitorioso, ao Cabo Muriçoca, delegado do lugar:
"Prenda todos os comunistas em nome do Exército Nacional".

Orgulhoso e ancho por tamanha distinção,o cabo reuniu a tropa, exibiu o telegrama como um troféu, leu os seus dizeres e passou a indagar:

- Alguém aí sabe o que é "cumunista". Silêncio na platéia. Até que apareceu um soldado sarará, do beiço rachado, um olho aberto e o outro fechado, para sugerir:

- Seu cabo, na minha opinião, "cumunista" é cabra que come cu.

Aí o delegado, com jeito de quem descobriu o Brasil, ordenou:

- Se é assim, vamos invadir o cabaré de Maria Priquitinha e prender todo indivíduo que estiver comendo cu.

Dito e feito. Chegaram logo quebrando as portas, invadindo os quartos, pegando os casais no bem bom. Já tinham invadindo cinco quartos, quando no sexto encontraram um sujeito enrabando a quenga "Joinha".

O delegado não pestanejou:

-Teje preso seu "cumunista" safado, em nome do Exército Nacioná.

O pobre homem ficou logo de pimba mole, suando por todos os buracos, enquanto balbuciava:

- Mas seu delegado, eu não fiz nada...

- Fez, seu subversivo. Você tava cumendo um cu e quem come cu é "cumunista", esbravejou Muriçoca.

Ao pobre "cumunista" só restou uma explicação derradeira:

-Seu delegado, juro por minha mãe que está no céu: esta é a primeira vez que eu como um cuzinho. O que eu sou mesmo, o senhor pode acreditar, é bucetista.

Um comentário:

Anônimo disse...

Home... pelamordedeus, tire essa besteirada do blog. Essa história eu conheço desde menino.

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