Jeanne Nesei (ao centro) recebeu Rafael Duarte, diretor cultural da Samba para um bate-papo informal sobre o Centro Histório e o Beco da Lama. |
O Iphan vai entregar até quinta-feira à direção da SAMBA (Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências) um diagnóstico atualizado sobre o Centro Histórico contendo os problemas e o que precisa ser feito para mudar a realidade atual da região. O encontro entre a Samba e o Iphan, realizado nesta terça-feira, na sede do Instituto, já rendeu a primeira parceria. A superintendente do órgão, Jeanne Nesi, confirmou presença na festa dos 18 anos da SAMBA, marcada para 28 de julho, no Beco da Lama.
Na ocasião, o Iphan vai explicar para a comunidade, num bate-papo informal, o significado do tombamento do Centro Histórico como Patrimônio Cultural Nacional e o que muda na área com a oficialização desse novo momento. Uma cartilha informativa também será distribuída na festa.
O diretor cultural Rafael Duarte e o diretor social Alex Gurgel foram recebidos por Jeanne Nesi e pela arquiteta e urbanista, Luana Cruz. As duas falaram sobre os planos do órgão e alertaram para as dificuldades e a falta de interesse do poder público em atuar junto à preservação do patrimônio histórico cultural da capital potiguar.
Atualmente, o Iphan aguarda a assinatura pelo Governo do Estado do Acordo de Preservação do Patrimônio Cultural (APPC). O pacto é fundamental para a criação de um comitê gestor do qual farão parte representantes do estado, município, União e da sociedade civil organizada. “Parece que o acordo já passou pela governadora e está com o jurídico. Mas até agora nada”, informou a superintendente.
Um alento é o empenho de R$ 2 milhões, via Prodetur, para elaborar um banco de projetos em várias áreas estruturais do Centro Histórico, como iluminação pública. Uma empresa já venceu a licitação e deve começar a trabalhar em breve. Essa ação está sendo tocada em parceria pela Fundação José Augusto e a secretaria estadual de Infraestrutura (SIN).
Cidades Históricas
Natal está incluída no PAC Cidades Históricas que contempla ainda 172 municípios do país. Segundo Jeanne Nesi, através do programa, o Iphan vem realizando a restauração do museu Café Filho, o reforma do anexo ao Instituto Histórico e Geográfico de Natal, a reforma na futura sede do Iphan, que deve mudar em setembro para a Ribeira, e a reforma da atual sede do órgão, que será transformada na Casa do Patrimônio, uma espécie de anexo do instituto.
Uma série de oficinas sobre educação patrimonial foi realizada recentemente pelo Iphan, durante três meses, com moradores, comerciantes e técnicos em instituições. “Embora as pessoas foquem mais em obras, essas oficinas foram muito importantes nesse processo porque atua diretamente com as pessoas”, comentou a arquiteta Luana Cruz.
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